Educação

Lula sanciona lei que restringe uso de celulares nas escolas

Medida visa proteger a saúde mental e aprimorar o desempenho acadêmico de crianças e adolescentes.

Lula sanciona lei que restringe uso de celulares nas escolas Lula sanciona lei que restringe uso de celulares nas escolas Lula sanciona lei que restringe uso de celulares nas escolas Lula sanciona lei que restringe uso de celulares nas escolas
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira, 13 de janeiro, o Projeto de Lei nº 4.932/2024, que limita o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos portáteis por estudantes da educação básica em escolas públicas e privadas durante aulas, intervalos e recreios. A medida entra em vigor no ano letivo de 2025 e busca proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes.

Durante a cerimônia de sanção, Lula ressaltou a importância da iniciativa. “Esse ato de coragem reflete o compromisso com a educação e o futuro do país. Queremos evitar o uso excessivo desses aparelhos, promover a interação social e garantir um ambiente mais saudável nas escolas”, afirmou.

Impacto no desempenho escolar
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que estudos científicos respaldam a medida. “O último Pisa, de 2022, revelou que 80% dos estudantes brasileiros afirmaram que o celular prejudica sua concentração nas aulas de matemática. A lei trará benefícios claros ao desempenho acadêmico e à saúde mental dos alunos”, declarou.

A legislação prevê exceções para uso pedagógico, desde que supervisionado por professores, e para estudantes com necessidades de acessibilidade. A proposta é integrar a tecnologia ao aprendizado de forma controlada, evitando os riscos associados ao uso indiscriminado, como a exposição a conteúdos perigosos e o aumento de problemas de saúde mental.

Conscientização e estratégias nas escolas
Além das restrições, a lei determina que redes de ensino desenvolvam ações para conscientizar sobre os riscos do uso imoderado de celulares. Isso inclui capacitação de professores, espaços de escuta para alunos e engajamento das famílias. Segundo Camilo Santana, “as escolas terão autonomia para implementar as estratégias necessárias, com suporte do Ministério da Educação”.

Educadores e especialistas consideram a medida uma oportunidade para reforçar metodologias ativas em sala de aula. Luciana Paiva, vice-diretora de uma escola no Distrito Federal, destacou que a proibição permitirá mais interação entre os alunos e um diálogo mais produtivo.

Opiniões da sociedade
Pais e estudantes demonstraram apoio à medida. Luana Pereira, mãe de dois alunos do ensino fundamental, apontou benefícios no comportamento e desempenho acadêmico dos filhos, enquanto o estudante Vitor Fonseca, de 16 anos, relatou como a proibição pode melhorar a concentração.

Educadores também acreditam no impacto positivo. O professor Gabriel Feitosa vê na medida uma chance de aprimorar o aprendizado e usar a tecnologia de forma criativa e produtiva, como em pesquisas e apresentações interativas.

A nova legislação complementa outras políticas educacionais, como a Política de Inovação Educação Conectada (PIEC) e a Política Nacional de Educação Digital (PNED), reforçando o papel da tecnologia como aliada no processo de ensino, sem substituir o foco principal: o desenvolvimento humano e acadêmico.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.