O ex-deputado federal Édio Lopes (PL-RR), e marido da ex-prefeita de Mucajaí, Eronildes “Dona Nega”, acusou o atual governo estadual de utilizar a máquina pública para influenciar diretamente o resultado das eleições no município. A denuncia foi feita em entrevista ao Agenda da Semana, na rádio Folha FM 100.3, nesse domingo (12).
De acordo com o ex-deputado, todos os candidatos a vereador apoiados pelo governo estadual tinham cotas para distribuir dinheiro a famílias da cidade, com valores que variavam entre R$ 300 e R$ 600 nos meses que antecederam a votação. No dia da eleição, esses valores teriam chegado a até R$ 2 mil por eleitor, configurando, segundo ele, uma evidente prática de compra de votos.
“Essa doação era o cartão de visita para assegurar o resultado nas urnas. […] O volume de dinheiro que transitou em Mucajaí nos últimos dias antes da eleição foi algo jamais visto. Na segunda-feira após o pleito, a agência do Banco do Brasil precisou enviar dinheiro para fora devido ao excesso de depósitos em espécie. Até a loteria local, que nunca havia atingido seu limite diário, explodiu o teto antes do meio-dia e precisou solicitar novas autorizações para continuar operando”, afirmou o ex-deputado.
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Lopes também chamou atenção para o que considerou o aspecto mais preocupante do processo eleitoral: a participação ativa da Polícia Militar. Ele denunciou que o número de guarnições foram intensificados no município de modo a “amedrontar”.
Ainda conforme o ex-deputado, o Partido Solidariedade, por meio da coligação e do ex-candidato Joelson Costa, entrou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para cassar o mandato do atual prefeito, devido às irregularidades observadas.
Édio Lopes ainda comentou sobre a situação de Mucajaí e a entrevista completa está disponível no canal do YouTube da rádio Folha FM.
