AFONSO RODRIGUES

Ao som do violino

“Os soluços longos dos violinos de outono ferem-me o coração com monótono langor”. (Voltaire)

Ao som do violino Ao som do violino Ao som do violino Ao som do violino

Desde quando eu era criança sempre adorei essa expressão do Voltaire. O que nunca entendi foi por que os aliados usaram essa pérola como código para a invasão da Normandia, na Segunda Guerra Mundial. Mas, valeu a pena. Deixemos os maus momentos pra lá e vamos falar sobre a importância na qualidade da música. E como não sou especialista em música, vou falar só do que mais gosto. Durante minha infância fui vizinho de um violinista. Ele fazia parte da orquestra do teatro. E durante toda a semana ele ficava ensaiando, pela manhã, na sala de sua casa. Eu passava sempre curiosamente, observando-o nos ensaios. Confesso que não sei qual era o motivo de minha curiosidade. Mas, adorava ver o violinista caminhando pela sala e tocando no violino. E ainda há pouco, fiquei pensando naqueles momentos e em outros seguintes. Sempre adorei a música considerada de qualidade. Os tempos passaram e eu os acompanhei. E sempre estive em contato com maestros e bons músicos. O que não quer dizer que desvalorizo o que não é considerado de qualidade.

Atualmente fico ouvindo as músicas que adoro, da época da jovem-guarda. Ontem, ouvindo uma seleção de músicas dos novos-baianos, lembrei-me de como eu sempre reclamava, por não considerar a música excelente. As mudanças fazem parte da vida. O que devemos é estar preparados para as mudanças. E estar preparado é saber se devemos rejeitar ou não. E nem sempre acertamos. Mas, também é assim que aprendemos. Que é quando descobrimos depois, que não estávamos prontos para mudar. Vamos parar de criticar sem razão. Primeiro devemos prestar mais atenção aos acontecimentos, como eles chegam, por que chegam, e se estão de acordo com o andar da carruagem. Vamos fazer nossa parte como ela deve ser feita. O que exige maturidade na caminhada do dia a dia. Nada de ficar chutando balde vazio. Porque nem sempre ele está vazio. Quando garoto já machuquei meu pé, chutando um galão de tinte, pensando que ele estivesse vazio. E só eu sei a dor que senti.

Vamos caminhar com calma e muita cautela para não errarmos com pensamentos vazios. Estejamos sempre preparados para as mudanças, porque elas são necessárias. Viva seu dia, hoje, como ele deve ser vivido, com amor, respeito e sinceridade. Sorria sempre para que o mundo sorria pra você. Nunca se deixe levar pelos maus acontecimentos. Eles são passageiros, dependendo de como os vemos. E é como os vemos que os sentimos. Aprimore sua visão no olhar para as veredas da vida. Desvie as ínvias e vá em frente. Pense nisso.

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