Política

Operação da PF mira propina supostamente recebida por Jucá

Os subornos teriam sido pagos em 2012, para que o senador ajudasse a aprovar uma resolução que buscava restringir a guerra fiscal nos portos brasileiros

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira, 8, nove mandados de busca e apreensão em inquérito que investiga o envolvimento do senador Romero Jucá (MDB) em recebimento de propina pela Odebrecht.

Batizada de Armistício, a ação está sendo cumprida contra doleiros e operadores de caixa em cidades de São Paulo.  As investigações da PF apontaram pagamentos indevidos de R$ 4 milhões ao senador emedebista.

Os subornos teriam sido pagos em 2012, para que senado aprovasse uma resolução que buscava restringir a guerra fiscal nos portos brasileiros. O texto unificava alíquotas de ICMS praticadas pelos estados, o que beneficiaria a Odebrecht.

O caso foi delatado por três executivos do grupo, que informaram aos investigadores que os valores foram entregues em dinheiro em espécie. Dos nove mandados, sete estão sendo cumprido em São Paulo, um em Santos e um em Campo Limpo Paulista.

No entanto, Jucá não é alvo direto da ação desta quinta, chamada de Armistício. A operação faz parte de um inquérito, já aberto no Supremo, no qual o senador é investigado. Os alvos desta quinta, mantidos sob sigilo, são pessoas que teriam se beneficiado da resolução aprovada no Senado.

Por meio de nota, Romero Jucá afirmou que “não é alvo da operação Armistício”. “Ele já prestou todas as informações sobre a resolução da uniformização da alíquota de ICMS que foi aprovada no Senado Federal. O senador tem cobrado reiteradamente o andamento das investigações para que tudo possa ser esclarecido o mais rápido possível, diz o texto.

Todos os mandados da Armistício são de busca e apreensão e foram cumpridos nas seguintes cidades: São Paulo, Santos e Campo Limpo Paulista

*INFORMAÇÕES: Jornal Folha de São Paulo.