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Ex-presidente da Femarh defende que recursos dos contratos de carbono iam atender moradores do Baixo Rio Branco

A informaรงรฃo foi prestada durante entrevista ao programa Agenda da Semana na Rรกdio Folha FM

Glicรฉrio Fernandes, ex-presidente da Femarh (Foto: Rรกdio Folha)
Glicรฉrio Fernandes, ex-presidente da Femarh (Foto: Rรกdio Folha)

O ex-presidente da Fundaรงรฃo Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hรญdricos (Femarh), Glicรฉrio Fernandes, declarou que os recursos resultantes dos contratos para venda de crรฉditos de carbono na regiรฃo do Baixo Rio Branco iam atender a populaรงรฃo ribeirinha de Roraima. A informaรงรฃo foi prestada durante entrevista ao programa Agenda da Semana na Rรกdio Folha FM 100.3 neste domingo, 22.

Primeiramente, o ex-gestor afirmou que o chamamento pรบblico foi convocado em julho de 2023 para credenciar empresas, instituiรงรตes, universidades e pessoas jurรญdicas que pudessem trabalhar a temรกtica de impactos ambientais em uma รบnica modalidade, no caso, a comercializaรงรฃo do carbono com autorizaรงรฃo do Governo do Estado, por meio da Femarh. Segundo ele, o processo seguiu todo o procedimento de publicidade e legalidade, obedecendo as orientaรงรตes da lei de contratos e licitaรงรตes. โ€œNรณs realizamos esse chamamento pรบblico, observamos as propostas mais atrativas do ponto de vista financeiro e econรดmico para o Estadoโ€, pontuou.

Glicรฉrio declarou ainda que foram feitas audiรชncias para ouvir os ribeirinhos que moram na regiรฃo e que os recursos recebidos pelo Governo com os contratos iam ajudar a fortalecer as comunidades. 

โ€œOs recursos que seriam implementados de forma sistemรกtica seriam diretamente aos programas sociais e aos programas de infraestrutura para esses ribeirinhos. Nesse caso, para estruturar Santa Maria do Boiaรงu como um todo. A outra parte do recurso que รฉ para obras estruturantes, principalmente na questรฃo de produรงรฃo de alimentos, ficaria a cargo do Governo do Estado criar mecanismos para atender o municรญpio ou regiรตes vulnerรกveisโ€, defendeu.

Com relaรงรฃo ao parecer negativo da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o ex-presidente da Femarh afirmou que na รฉpoca da sua gestรฃo e da elaboraรงรฃo do contrato, a PGE nรฃo โ€œgerou nenhum parecer contrรกrioโ€ para realizar a contrataรงรฃo. Ainda, que nรฃo recebeu nenhuma outra avaliaรงรฃo negativa de outros รณrgรฃos de fiscalizaรงรฃo.

Sobre a sua exoneraรงรฃo do cargo de presidente, Glicรฉrio reforรงou que as mudanรงas sรฃo naturais no poder pรบblico. โ€œToda mudanรงa de cargo talvez seja para um bem melhor para o Estado. A gente recebe isso com muita tranquilidade. A minha amizade e minha parceria com o governador Antonio Denarium continua, com os nossos secretรกrios e parceiros. Atรฉ mesmo para tirar dรบvida. Estou disponรญvel para o atual presidente da Femarh em relaรงรฃo a tudo isso, estou ร  disposiรงรฃo, inclusive para os รณrgรฃos de controleโ€, pontuou. 

Glicรฉrio nega suposta violรชncia contra ribeirinhos por conta de pesca esportiva

Com relaรงรฃo ร  suspensรฃo de pesca esportiva no Baixo Rio Branco e suposto favorecimento de empresas do ramo pela Femarh, o ex-gestor ressaltou que somente cerca de 12 companhias que sรฃo devidamente licenciadas pela Fundaรงรฃo. โ€œEssas 12 empresas estรฃo devidamente credenciadas por polรญgonos (extensรฃo de pesca). Qualquer empresa que ultrapassar essa extensรฃo, รฉ passรญvel de multaโ€, frisou.

O ex-gestor defendeu ainda que nenhum morador da localidade รฉ impedido de fazer a pesca na regiรฃo. โ€œNenhum ribeirinho tem seu direito cerceado, de pescar para sobrevivรชncia dele, subsistรชncia dele, atรฉ para comercializaรงรฃo. Isso nรฃo รฉ impedido pelo รณrgรฃo de fiscalizaรงรฃo do Estado. Isso sรฃo falรกciasโ€, alertou.

Segundo Glicรฉrio, o conflito na regiรฃo parte de empresas ilegais, que nรฃo sรฃo licenciadas pela Femarh e que ainda insistem em operar na regiรฃo. โ€œInclusive a Polรญcia Civil e a CIPA (Companhia Independente de Policiamento Ambiental) acompanham. ร‰ natural existir esse conflito. Nรฃo hรก violรชncia contra ribeirinhosโ€, declarou.

Confira a entrevista na รญntegra:

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