Política

Em carta da prisão, vereador diz que foi vítima de armação de opositores

Em carta da prisão, vereador diz que foi vítima de armação de opositores Em carta da prisão, vereador diz que foi vítima de armação de opositores Em carta da prisão, vereador diz que foi vítima de armação de opositores Em carta da prisão, vereador diz que foi vítima de armação de opositores

O vereador Wagner Feitoza (SD), preso há mais de 120 dias na Operação Soturno, enviou uma carta assinada de próprio punho para a Folha, negando envolvimento em qualquer tipo de crime ou contravenção e relatando que é vítima de uma armação promovida por pessoas interessadas em seu cargo público.

Wagner Feitoza disse que vai acionar a Justiça contra o que classificou como calúnia e perseguição política. “Foi uma trama diabólica comandada por pessoas interessadas em ocupar meu cargo, com o único intuito de desestabilizar meu mandato e me afastar das funções públicas e do meu cargo de vereador, onde fui legitimamente eleito com 2334 votos”, disse.

O vereador afirmou que sua prisão foi uma armação e garantiu que vai provar que o crime a ele atribuído foi forjado com provas encomendadas e previamente arquitetadas para prejudicá-lo.

“Quero dizer aos meus amigos, família e eleitores que repudio veementemente as calúnias que venho sofrendo fruto de uma armação orquestrada por pessoas de má índole e sem princípios éticos, que foram movidos pela inveja e ganância de poder. Vou provar na justiça como são inverídicas as acusações imputadas a mim e a minha família, pois elas não podem ser provadas”, garantiu.

O vereador também descreditou o depoimento das testemunhas, afirmando que seriam colaboradores dos seus rivais políticos. De acordo com o conteúdo da carta, as testemunhas que prestaram depoimento contra ele, na realidade, o fizeram para receber emprego e outros benefícios.

“Para que essa armação funcionasse, meu opositor prometeu a ele benefícios como empregos com excelentes salários, verbas de gabinete, tudo no intuito de me derrubar, incriminar e cassar meu mandato, além de prometer contratar até mesmo os familiares dessas pessoas”, citou.

Wagner Feitoza disse ainda que as testemunhas que prestaram depoimentos contra ele eram ex-funcionários que foram demitidos e que ajudaram na armação. “Minha defesa reuniu provas com fotos publicadas em rede social dos meus opositores e essas testemunhas dando uma festa comemorando meu afastamento. Tudo porque eu os demiti quando descobri a trama e veio à luz que faziam parte de uma armação. Denunciei o caso na polícia. Estou confiante na justiça e acredito que em breve vou reverter minha situação, colocado na cadeia os verdadeiros criminosos. Estou de consciência limpa, tenho fé em Deus e sei que a justiça será feita”, concluiu.

A carta foi enviada do presídio por meio de seus familiares. A Folha ainda não conseguiu contato com os defensores do vereador.

CÂMARA – O presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, vereador Mauricélio Fernandes (MDB), disse anteriormente em entrevista à Folha que não ficou definida a situação do vereador Wagner Feitoza visto que o prazo decretado pela justiça de seu afastamento já venceu. “Acreditamos que ele não tem razão de permanecer preso, pois não cometeu improbidade ou delito. Foi afastado e detido para instruírem o processo no prazo de 120 dias. Se nesse prazo não julgaram que sim nem que não e se não tem nada contra ele, não deveria estar preso. O que não pode é continuar nessa situação, sem provas concretas, sem pedido judicial de prorrogação de afastamento ou sem a liberação do parlamentar por falta de provas. Até hoje não estamos entendendo o que aconteceu”,admitiu Mauricélio.

O CASO – O parlamentar é acusado de desvio de dinheiro público na Câmara Municipal de Boa Vista e, de acordo com o GAECO, no decorrer das investigações, foi apurado o envolvimento do vereador com facção criminosa atuante dentro e fora do Sistema Prisional, a qual, inclusive, teria patrocinado sua campanha política.

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