Na manhã de ontem, 4, aconteceu o lançamento nacional do Plano Safra para o período 2018/2019. Roraima vai receber o crédito de R$ 129 milhões dos R$ 194 bilhões que o Governo Federal vai liberar para os médios e grandes produtores, um aumento de 3,2% em relação ao plano do passado.
Em Roraima, a solenidade contou com a presença de representantes da classe agropecuária que tiveram a oportunidade de analisar os novos valores e tirarem dúvidas sobre a aquisição das linhas de crédito. Para a agricultura familiar do Estado, os valores chegam a R$ 54 milhões, já para os médios produtores, serão R$ 24 milhões e para a agricultura empresarial, vão ser destinados R$ 51 milhões.
De acordo com o gerente nacional da agência do Banco do Brasil, Leandro Peccini, as principais mudanças no plano estão na diminuição das taxas de juros, que antes representavam 5,5% e agora ficam entre 2,5 a 4,6%. “Para os pequenos produtores, houve a elevação da renda, que antes era de R$ 360 mil, passou para R$ 415 mil. Com isso, eles podem se habilitar para a linha de crédito. Em relação ao médio produtor, teve redução da exigência dos 80% da renda que era obrigatória a vir do campo, passando a ser de 50%, assim, aumentando o enquadramento para R$ 2 milhões”, explicou.
Além das taxas de juros menores, o novo plano demonstrou diminuição de 1,5% nos principais programas da Safra. A Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que é um plano para atribuição de práticas mais sustentáveis, terá um custeio de até R$ 5 milhões. Já para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns, a taxa será entre 5,25 a 6% em armazéns de até seis toneladas.
O novo plano agradou os pecuaristas, mas eles afirmaram que ainda encontram dificuldades dentro da produção do campo por conta de embates políticos no estado. Para o produtor e diretor de uma empresa que trabalha com máquinas agrícolas, Luiz Valdemar Albrecht, o ramo agropecuário de Roraima poderia ser melhor se tivesse menos burocracias. “Eu acho que, ou o Governo resolve imediatamente esse assunto de titulação de terras para que o produtor tenha garantias para contrair os seus financiamentos no banco, ou ele cria um fundo de aval para ele implementar as garantias que o produtor precisa. Porque o maior beneficiário da produção rural é o governo. Em todos os estados do Brasil onde o agronegócio é forte, a economia é forte. Nós poderíamos ter aqui uma economia muito melhor porque nós temos todas as condições de produzir bem”, afirmou.
Já para o produtor rural Ermilo Paludo, a nova Safra representa também novas possibilidades dentro da área e mais vantagens para o trabalhador. “Eu acho que foi muito positivo porque houve uma redução nos encargos dos juros, aumentou a verba destinada para a agricultura e pecuária, e eu acho que isso é fundamental”. Ele completou dizendo que a tecnologia para o acesso dos créditos, que agora poderão ser feitos por meio de aplicativos em smartphones, é um avanço e que diminui também os custos do produtor.
Os créditos do Plano Safra 2018/2019 estão disponíveis para negociação até o dia 30 de junho do ano que vem. O produtor que tiver interesse pode procurar a agência do Banco do Brasil, que fica em frente ao Hospital Geral de Roraima (HGR), no bairro Aeroporto. (A.P.L)