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RIOS E IGARAPÉS DE RORAIMA

O poeta roraimense Eliakin Rufino, na música de sua autoria “Cidade do Campo”, enaltece a beleza hidrográfica de Roraima, particularmente de Boa Vista: ♫♪ “Buriti do campo, que prazer / Igarapé, tão bom te conhecer // Boa vista, vai onde a vista ver / No verde do campo vi você //. Correm mitos no vento / Pedra de Mcunaíma / Voa meu pensamento / Sobre o Monte Roraima. // Cidade do campo (Boa Vista), à beira-rio / Estrela do Norte do Brasil/ Cidade do campo, no entardecer / Boa vista linda de se ver // Correm rios de tempo / Águas de Pacaraima / Montes em movimentos / Coração de Roraima//” ♫

O poeta roraimense Eliakin Rufino, na música de sua autoria “Cidade do Campo”, enaltece a beleza hidrográfica de Roraima, particularmente de Boa Vista: ♫♪ “Buriti do campo, que prazer / Igarapé, tão bom te conhecer // Boa vista, vai onde a vista ver / No verde do campo vi você //. Correm mitos no vento / Pedra de Mcunaíma / Voa meu pensamento / Sobre o Monte Roraima. // Cidade do campo (Boa Vista), à beira-rio / Estrela do Norte do Brasil/ Cidade do campo, no entardecer / Boa vista linda de se ver // Correm rios de tempo / Águas de Pacaraima / Montes em movimentos / Coração de Roraima//” ♫♪.

            Os principais rios de Roraima são:

Branco (formado pelos rios Tacutu + Uraricoera); Uraricoera (nasce entre as bacias dos rios Orinoco e Amazonas, e é o maior rio de Roraima, com 870 km); Tacutu (na sua margem esquerda está o sitio arqueológico do que sobrou do Forte São Joaquim (1775 – 1778, a 30 km de Boa Vista). O rio Tacutu, diferente dos demais, corre do Sul pro Norte, e em sua porção à leste de Roraima, marca um trecho da divisa do Brasil (em Bonfim) com a Guiana (em Lethem);

Orio Cotingo nasce no Monte Roraima e serpenteia pelos lavrados de Roraima.  Tem em seu leito a presença de ouro e diamante, é um afluente do rio Tacutu e deságua no rio Surumú.

Maú, é um afluente do rio Tacutu e nele deságua o rio Ailã. Já o rio Ailã, nasce próximo ao Monte Caburaí – o Extremo Norte do Brasil-, no Município de Uiramutã;

Ajarani (em Iracema e Caracarai, é afluente do rio Branco), Alalaú (em Rorainópolis, deságua no rio Jauaperi e marca a divisa entre os Estados de Roraima e Amazonas); Catrimani (em Caracaraí, é afluente do rio Branco); Cauamé (é afluente do rio Branco e limita a área urbana de Boa Vista); Mucajaí (recebe ás aguas do rio Apiaú, em Mucajaí, e deságua no rio Branco); Surumu (em Pacaraima, é cortado pela BR-433 e deságua no rio Cotingo);

Urubu (é um rio de águas escuras, devido à presença de Ácidos orgânicos com a decomposição de Materiais orgânicos, e está em dois Estados: Roraima e Amazonas, sendo afluente do rio Amazonas); Xeruini (em Caracaraí e afluente do rio Branco); e o rio Água Boa do Univiní (em Iracema e Caracaraí, desaguando no rio Branco).

História do rio Branco: O navegador português Pedro Teixeira, chamado “O Conquistador da Amazônia”, nasceu em 1587, na cidade de Coimbra, Portugal. E, em outubro de 1639, à frente de 2.500 pessoas, entre militares, índios e familiares, embarcados em mais de 50 canoas, empreendeu viagem partindo de Belém do Pará e atingiu a cidade de Quito, no Equador. Em seguida, regressou a Belém depois de haver percorrido mais de 10.000 km de rios e trilhas. Em sua viagem, descobriu e nominou o rio Negro (que os índios chamavam de “Uaupés” – rio de águas escuras).

E, na volta, descendo o rio negro em direção à Manaus, deparou-se com o desaguadouro de um rio de cor clara. Perguntou aos índios que o acompanhavam: “Que rio é este? – responderam: “É o rio Kelsuene (Queçuene, Quequene) que significa: “rio de águas claras”. Então Pedro Teixeira batizou este rio de: “rio Branco“, que é o principal rio que corta a cidade de Boa Vista, em Roraima. O rio Branco é formado pelos rios Tacutu e Uraricoera.

Pedro Teixeira, como reconhecimento pelos seus 25 anos de profícuos serviços ao Rei de Portugal, foi nomeado para o cargo de Capitão-Mor do Grão-Pará. Tomou posse em fevereiro de 1640. Infelizmente, sua gestão foi curta, durando até maio de 1641. Pedro Teixeira faleceu no dia 4 de Julho de 1649 na cidade de Belém, no Pará.

IGARAPÉS: é a denominação dada a pequenos rios da região Norte (Amazônia). Igarapé é um termo indígena que significa “caminho de canoa” (de igara – canoa; E pé; o “caminho da canoa).

Alguns Igarapés de Boa Vista: igarapé Caranã (que também é o nome de um bairro), na língua macuxi significa “falso buriti”. O Igarapé Waizinhio vem da etnia bororo “uái” (“wia” = jacaré) e grande refere-se à medida, neste caso diminutivo (pequeno). Já a expressão “wai” (de wai-grande) e waizinho, na língua macuxi, quer dizer balde, e na língua yanomame quer dizer “violento”. Este Igarapé se situa no Bairro Nova Cidade. O Igarapé Uai-grande, percorre vários bairros da cidade.

 “Igarapé Bacabal” (onde há um aglomerado de palmeiras Bacaba). Este Igarapé está na área do Distrito Industrial de Boa Vista. “Igarapé Carrapato” (devido a presença deste inseto); “Igarapé Caxangá” (na língua Tupi-guarani, vem da palavra “caá-çangá”, quer dizer: “mata extensa”.

Há o Igarapé “Frasco”, que passa em vários bairros; o Igarapé “Paca” (tupi de ‘paka’ e na makuxi como “warana”) que significa mamífero roedor. Outros Igarapés: Jararaca (Igarapé do Mecejana que, na língua tupi, significa: “Lagoa ao abandono”); Igarapé Pricumã (“lugar coberto de juncos”), deriva de “pericumã”, um rio da cidade de Pinheiro, no Maranhão.

Em relação ao nosso principal rio, o Branco, tem perdido volume de água de maneira acentuada e está com o nível abaixo da média prevista para o mês de fevereiro, o cenário de estiagem e o governo de Roraima deve apresentar ações de resposta aos impactos do período seco no estado.