Um apartamento localizado no Residencial Vila Jardim, bairro Cidade Satélite, zona Oeste de Boa Vista foi o local onde uma mulher de 33 anos esfaqueou o esposo, de 49, justificando que não aguentava mais apanhar e por isso desferiu os golpes. O atentado aconteceu por volta das 22h30 do domingo, dia 1o.
Depois de agir, a mulher trancou o apartamento com o homem dentro e foi se entregar à polícia numa base que fica no Vila Jardim, apresentando a faca de cabo preto usada no crime. Ela confirmou que sofria agressões constantemente e que daria o troco.
Quando chegaram ao apartamento, os policiais encontraram a vítima totalmente ensanguentada. O homem pediu socorro dos vizinhos que tiveram que arrombar a porta do imóvel para poder ajudá-lo. Ele contou que passou o dia inteiro bebendo na companhia da esposa e já estava dormindo quando foi atacado, sendo ferido na perda esquerda, na altura da coxa, da canela e do tornozelo. Como tinha perdido muito sangue, teve que ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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A ambulância levou o homem para atendimento no Grande Trauma do Hospital Geral de Roraima (HGR). Ele não pôde fazer a representação contra a esposa porque não teve condições de ir à unidade policial. A filha do casal, de sete anos, ficou sob os cuidados de uma vizinha. A mulher foi algemada e conduzida à Central de Flagrantes do 5o DP. Na delegacia, ela prestou depoimento à autoridade policial e disse que convive maritalmente com a vítima há 10 anos e que eles bebiam quando começaram uma discussão e foi agredida fisicamente, levando “umas ‘lapadas’ com uma corda”.
As “lapadas” teriam atingido as mãos e as costas da mulher, mas, segundo a polícia, ela não apresenta hematomas visíveis. Após a agressão, o marido teria ido deitar e dormir. Alcoolizada, a mulher se armou com a faca da cozinha e golpeou o homem na perna.
Depois de ouvida ela acabou sendo liberada, considerando que a lesão da vítima foi leve, segundo o relatório em anexo, que a vítima não compareceu à delegacia para fazer a representação. Mesmo assim, o delegado encaminhou a ocorrência ao 3o DP para que a autoridade policial do Distrito responsável pela área faça a oitiva da vítima e decida como proceder. (J.B)
