Polícia

68 detentos morrem após incêndio durante rebelião na Venezuela

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Pelo menos 68 pessoas morreram nesta quarta-feira, 28, em um suposto incêndio nas celas da prisão do Comando da Polícia do Estado de Carabobo, na cidade de Valencia, no norte da Venezuela.

Apesar de não haver uma confirmação oficial, a ONG Uma Janela à Liberdade, que defende os direitos dos presos, afirma que tudo começou durante uma rebelião.

Os detentos teriam ateado fogo em colchões e tomado a arma de um agente, segundo a ONG. Carlos Nieto, diretor do grupo, havia citado 78 mortos, acrescentando que “alguns morreram queimados e outros, intoxicados”.

Em seu Twitter, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, comentou sobre a tragédia e anunciou que irá iniciar investigações sobre o caso.

“Diante dos terríveis fatos ocorridos no Comando da Polícia do Estado de Carabobo, onde um suposto incêndio matou 68 pessoas, designamos quatro procuradores (…) para esclarecer estes dramáticos fatos. As indagações preliminares indicam o falecimento de 66 homens e de 2 mulheres que se encontravam na qualidade de visitantes”, relatou em três tweets.

Ele também  afirmou que o Ministério Público aprofundará as investigações “para esclarecer de forma imediata estes dolorosos acontecimentos que deixou dezenas de famílias em luto, assim como estabelecer as responsabilidades”.

Um vídeo divulgado no Twitter mostra dezenas de pessoas exigindo informações e mulheres chorando diante de um cordão policial.

Parentes dos detentos tentaram entrar no Comando da Polícia e foram reprimidos com bombas de gás lacrimogêneo.

Rafael Lacava, governador do Estado de Carabobo, manifestou sua “consternação” pelo incidente e prometeu uma severa investigação.

“Foi iniciada uma investigação séria e profunda sobre as causas e os responsáveis por estes lamentáveis acontecimentos. Estamos ao lado das famílias em sua dor e necessidades.”, relatou.

Nieto destacou que o incidente em Valencia “não é uma situação isolada”, já que “todas as delegacias de polícia do país estão em condições semelhantes ou piores de superlotação, falta de alimentos e doenças”.

A superlotação nas penitenciárias da Venezuela obriga as equipes de segurança a utilizar as delegacias como locais de reclusão permanente.

Ao menos 388 pessoas morreram nas prisões venezuelanas desde 2011, de acordo com dados oficiais.

Com informações do Estadão

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