Política

Deputados encaminharão nota de repúdio contra privatização ao Governo Federal

Deputados encaminharão nota de repúdio contra privatização ao Governo Federal Deputados encaminharão nota de repúdio contra privatização ao Governo Federal Deputados encaminharão nota de repúdio contra privatização ao Governo Federal Deputados encaminharão nota de repúdio contra privatização ao Governo Federal

Durante audiência pública realizada ontem, 16, na Assembleia Legislativa de Roraima, os deputados Soldado Sampaio e Oleno Matos, ambos do PCdoB, se posicionaram contra o processo de privatização da Eletrobras Distribuição Roraima. As discussões foram mediadas pelo deputado Sampaio, que é presidente da Comissão de Administração, Serviços Públicos e Previdência da Casa Legislativa. Ele afirmou que o posicionamento contrário será formalizado por meio de um documento que também será encaminhado ao Governo Federal e demais autoridades. 

“Ouvimos centrais sindicais, os funcionários da Eletrobras e sociedade e, diante de todas as afirmações, podemos concluir que a privatização resultará em prejuízos tanto para os trabalhadores, quanto para consumidores.

Vamos encaminhar um relatório à bancada federal, com posicionamento contrário e também uma nota de repúdio a essa privatização. O Governo quer entregar esse patrimônio ao capital estrangeiro e isso é assustador, sem sombra de dúvidas os consumidores terão uma tarifa maior e o interior será o mais penalizado”, sustentou Sampaio.

Também na mesa dos debates, Oleno Matos reforçou o posicionamento de Sampaio. “A nota de desagravo é no sentido de dizer que a Assembleia não concorda com a privatização e muito menos a maneira como ela está sendo conduzida. A venda do setor elétrico trará um problema social para Roraima, pois aqui temos situações diferenciadas, como as comunidades indígenas e povoados ribeirinhos, e isso o setor privado que quer aferir lucro, não vai levar em consideração”, detalhou.

O presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, Welington Diniz, defendeu que a energia não é mercadoria, mas um bem social e público e que não pode ser negligenciada, negociada de forma irresponsável. “Qualquer empresa que venha a se instalar em Roraima ou nas demais capitais visará apenas o lucro. Se ocorrer a privatização, os danos serão irreversíveis”, alertou.

O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Gissélio Cunha, que representa os trabalhadores do setor de energia, disse que a privatização já está em fase avançada e que todos sairão perdendo. “Irão ocorrer demissões, o custo da tarifa vai aumentar. Tudo está sendo feito sem a participação dos trabalhadores e da sociedade. Nossa esperança é que a bancada federal consiga reverter isso, pois precisamos reagir e defender o que é nosso”, reforçou o presidente da categoria.

O deputado federal Carlos Andrade (PHS) também sustenta a possibilidade de aumento na tarifa de energia caso a venda do setor energético ocorra. “Já me adianto que sou contra a privatização e automaticamente quem for ter a concessão vai propor novos custos. Em debates como estes, estamos esclarecendo à população sobre o que está ocorrendo, na tentativa de tornar público os danos que serão causados”, reafirmou.

PRIVATIZAÇÃO – A privatização da Eletrobras Distribuição Roraima foi proposta em setembro do ano passado pelo Governo Federal, com o objetivo de aumentar a eficiência operacional e reduzir custos de distribuição e produção de energia. O leilão está agendado para o próximo dia 30 de abril e, além da distribuidora de Roraima, também estão na lista os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Piauí e Alagoas.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.