Os moradores e empresários da Vila do Equador e Jundiá, localizadas no Município de Rorainópolis, voltaram a denunciar a falta de policiamento na região. Eles relataram que, por conta da ausência de policias militares, ocorreu um arrastão na quadra da Escola Estadual 1º de Maio e vários alunos ficaram sem seus celulares.
Um empresário, que optou por não ser identificado, relatou que os moradores e a classe empresarial já comunicaram e pediram reforço no policiamento ao posto da Polícia Militar que fica localizado no Município de Rorainópolis, inclusive relatando o número de ocorrências relacionadas a roubos.
“Não temos nenhum aparato de segurança na Vila do Equador. Há anos estamos relatando essa situação e nada é resolvido. Estou aqui na vila desde 2013 e nunca este posto da Polícia Militar esteve funcionando. Nas ocorrências, sempre temos que acionar o destacamento de Rorainópolis. Pela distância fica impossível atender com agilidade e presteza as ocorrências. A classe empresarial já relatou esta situação várias vezes, mas nada é resolvido. Sempre o poder público informa que vai tomar providência, mas na prática nada acontece. Já sofremos vários assaltos e neste caso recente, contra os alunos, alguns relataram que ficaram sob a mira de um revólver, sem poder fazer nada. É absurdo essa situação”, relatou.
O morador Juarez Almeida contou que uma ronda policial é feita por semana na Vila do Equador, quando os policiais fazem uma rápida ronda pelas ruas, ou caso a população chame a polícia. “Sobre esta situação, tanto os moradores como os comerciantes que residem na vila já encaminharam diversas solicitações, mas nunca fomos atendidos. No domingo, teve um assalto a um comerciante. Ele teve que esperar por várias horas o deslocamento da equipe policial, que estava na sede do município”, relatou.
“Outra questão é quanto ao posto do comando do policiamento que há anos se encontra desativado. Quando necessitamos registrar alguma ocorrência é preciso ir até o Município de Rorainópolis, o que desestimula muitas pessoas. Acaba que o índice de criminalidade só aumenta a cada dia em virtude desta situação”, opinou. (R.G)
Posto de fiscalização no Jundiá está desativado, afirma morador
Além do problema da falta de policiamento, outra situação tem incomodado os moradores da Vila do Jundiá, como é o caso do aposentado José Vieira Lima, de 68 anos. Ele contou à Folha que os moradores da vila se sentem inseguros por conta da retirada da fiscalização que era realizada em conjunto com a Polícia Militar e outros órgãos ligados à Segurança Pública.
“Estamos com a porta aberta para a bandidagem. Antes todo cidadão que saía ou entrava pela BR 174 era obrigado a passar por uma triagem no posto de fiscalização do Jundiá. Atualmente esse serviço não é realizado e com certeza a maioria dos assaltos que ocorrem nesta região é praticada por bandidos que se deslocam do Amazonas. Além do clamor pela instalação de um policiamento efetivo na Vila do Equador, este é outro problema que nos aflige e nenhuma medida é tomada para controlar e coibir a entrada de pessoas ligadas ao crime organizado”, comentou.
OUTRO LADO – Em nota, o Governo do Estado informou que, por determinação da governadora Suely Campos, a Polícia Militar de Roraima (PMRR) está providenciando a reforma do destacamento da PMRR na Vila do Equador. Assim que a obra estiver concluída, um efetivo será deslocado para atuar naquela localidade.
Hoje a Vila do Equador recebe policiamento através do rádio patrulhamento da companhia da PMRR em Rorainópolis. “A Polícia Militar mantém policiamento permanente em Rorainópolis, Nova Colina e Jundiá. O comandante-geral da PMRR, coronel Edison Prola, está sensível às necessidades de reativar o policiamento na Vila do Equador e determinou que seja feito o possível para que o destacamento seja finalizado o mais rápido possível”, frisou em nota.
Conforme determinação do Presidente da República, Michel Temer, atendendo um pedido da governadora Suely Campos, o policiamento no Posto do Jundiá, próxima à divisa com o Amazonas, será reforçado com efetivo da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). (R.G)