Cotidiano

Entidades reivindicam inauguração da Casa da Mulher Brasileira no Estado

Inauguração simbólica foi realizada por movimentos sociais para chamar a atenção para a obra já concluída, mas que está de portas fechadas

Entidades reivindicam inauguração da Casa da Mulher Brasileira no Estado Entidades reivindicam inauguração da Casa da Mulher Brasileira no Estado Entidades reivindicam inauguração da Casa da Mulher Brasileira no Estado Entidades reivindicam inauguração da Casa da Mulher Brasileira no Estado

Movimentos ligados à rede de proteção a mulheres em Roraima realizaram ontem a inauguração simbólica da Casa da Mulher Brasileira (CMB), localizada no bairro São Vicente, na zona sul da Capital. O ato foi uma forma de pressionar o Governo do Estado, parlamentares e autoridades para que o prédio seja entregue e passe a funcionar de fato.

A CMB foi concluída, mas sem previsão de quando os serviços começam a ser disponibilizados à população. “Devido aos altos índices de violência contra mulheres em Roraima, esse prédio era para ser inaugurado em 2016. Precisamos protestar contra essa omissão. Não podemos aceitar pacificamente essa demora”, afirmou a defensora pública Jeane Xaud.

Segundo ela, o prédio começou a ser construído em 2014 e custou aos cofres federais mais de R$ 3 milhões e parte do que foi feito está se deteriorando. “Queremos que alguma providência seja tomada. Esse espaço não pode ficar tanto tempo fechado, sem utilização”, complementou.

Para a coordenadora do Núcleo de Mulheres de Roraima (Numur), Andréa Vasconcelos, a unidade de Roraima era para ser a terceira do país a ser inaugurada. “O Governo Federal precisa autorizar essa entrega para que o Estado finalize o processo”, comentou.

Participaram do evento representantes do Coletivo de Defensoras Públicas do Brasil em Roraima, Coordenadoria Estadual da Mulher, movimentos sociais e o Grupo de Estudos Interdisciplinares de Fronteira (Geifron), da Universidade Federal de Roraima (UFRR), além de artistas locais.

A Casa da Mulher Brasileira faz parte do Programa Mulher Sem Violência, lançado em 2013 pelo Governo Federal. A construção do prédio custou aos cofres públicos cerca de R$ 9 milhões.

GOVERNO – Em nota, a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) informou que a manifestação popular ocorreu em todos os Estados onde existem Casas da Mulher Brasileira prontas, mas que ainda não foram entregues pelo Governo Federal. Frisou que o Estado já adotou todas as providências para assumir a unidade, com os itens conveniados, aguardando apenas o recebimento do prédio.

Conforme destacou, atualmente somente os 121 computadores que estarão disponíveis para a unidade já estão em Roraima, faltando ainda a entrega das chaves, mobília e central telefônica para que os atendimentos iniciem.

CMB – A unidade está projetada para atender cerca de 15 mil mulheres por mês e unirá, em um único espaço, diversos órgãos que têm como objetivo garantir apoio integral à mulher vítima de violência, capazes de realizar 90 atendimentos simultâneos.

Dentre estes órgãos, estão o Ministério Público, Defensoria Pública e Delegacia Especializada de Atendimento às Mulheres, que realizarão atendimentos com ambientes com total privacidade e acolhimento adequado às mulheres e seus filhos por até 48 horas.

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