Cotidiano

Quatro farmácias são autuadas por ausência de profissionais

Lei federal exige a presença do farmacêutico nas unidades de saúde para auxiliar população

Quatro farmácias são autuadas por ausência de profissionais Quatro farmácias são autuadas por ausência de profissionais Quatro farmácias são autuadas por ausência de profissionais Quatro farmácias são autuadas por ausência de profissionais

Quatro farmácias localizadas na zona oeste da Capital foram autuadas durante ação do Conselho Regional de Farmácia em Roraima (CRF-RR), na semana passada, em razão do descumprimento da Lei Federal nº 13.021/2014.

A legislação dispõe sobre o exercício e fiscalização das atividades farmacêuticas e prevê a presença obrigatória de profissionais da área nas unidades de saúde, popularmente conhecidas como drogarias. 

De acordo com o presidente do CRF-RR, Adônis Motta, a fiscalização é contínua e se mantém como a principal atividade do Conselho. As medidas visam o cumprimento da lei, além de fortalecer o papel dos profissionais e gerar mais empregos para os farmacêuticos nas unidades de saúde. “O Conselho fiscaliza todos os estabelecimentos de saúde, tanto os privados quanto públicos, para verificar se o profissional está realmente desempenhando o seu papel, que a sociedade precisa. O fiscal está sempre atento e até se surgir uma farmácia clandestina, que não esteja registrada, a gente consegue abordar”, informou Motta.

Se o fiscal verificar a ausência do profissional, mesmo sendo obrigatório, o Conselho pode emitir um auto de infração. “A empresa tem direito de defesa, vai poder justificar o motivo da ausência do profissional de Farmácia”, disse Adônis. “Caso não ocorra uma justificação, pelo fato de estar descumprindo uma lei federal, o estabelecimento poderá responder por um processo, onde a empresa poderá ser multada. O valor da multa é de três salários mínimos. Se for um problema recorrente, o valor duplica, chegando a seis salários mínimos. A empresa terá ainda que se regularizar contratando um profissional farmacêutico”, acrescentou.

O presidente do CRF acrescentou ainda que o pedido de fiscalização pode partir da própria população, ao perceber alguma irregularidade. “Contamos com a ajuda da população, que deve denunciar caso verifique a ausência do profissional farmacêutico nas unidades”, pontuou. As denúncias podem ser feitas ao Conselho pelo telefone 3224-2957 ou pelo WhatsApp 99162-9061.

PAPEL DO FARMACÊUTICO – Uma das razões para a fiscalização das unidades de saúde, segundo Adônis, é o fortalecimento do profissional farmacêutico na drogaria ou na atenção básica. “Hoje a farmácia é conhecida como estabelecimento de saúde e o profissional farmacêutico perdeu aquele foco somente no medicamento. A gente quer focar no cuidado do paciente. Agora ele pode fazer o acompanhamento farmacoterapêutico do paciente ou do cliente”, afirmou o presidente do CRF-RR.

Sobre essa atenção do profissional, Adônis informou que agora o farmacêutico pode fazer um acompanhamento de casos crônicos, como hipertensão e diabetes. “Nesse controle, ele pode verificar se o medicamento que o paciente está utilizando está fazendo efeito, se a pessoa está tomando de maneira correta conforme recomendado pelo médico”, disse.

O presidente esclareceu ainda que, caso o paciente esteja fazendo o acompanhamento de forma certa, mas tenha alguma alteração, o farmacêutico pode solicitar para que ele retorne ao médico para verificar o que está acontecendo e emitir um relatório para que o paciente apresente na hora da consulta. “É uma forma também de trabalhar em conjunto com os profissionais da medicina, diminuir a superlotação em postos de saúde. Muitas vezes o caso pode ser resolvido nas farmácias. Então, o farmacêutico não faz simplesmente a orientação do medicamento”, frisou Motta. (P.C)

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