Cotidiano

Recursos contingenciados da UFRR vão ser liberados em até duas semanas

Para as despesas de custeio, a UFRR vai receber cerca de R$ 3 milhões e, para investimentos, R$ 1,6 milhão

Recursos contingenciados da UFRR vão ser liberados em até duas semanas Recursos contingenciados da UFRR vão ser liberados em até duas semanas Recursos contingenciados da UFRR vão ser liberados em até duas semanas Recursos contingenciados da UFRR vão ser liberados em até duas semanas

O reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), professor Jefferson Fernandes, esteve em Brasília, no início desta semana, para tratar de assuntos orçamentários junto ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). Na reunião, o MEC anunciou que o dinheiro contingenciado pelo Governo Federal no primeiro semestre seria liberado em até duas semanas. Para as despesas de custeio, a UFRR vai receber cerca de R$ 3 milhões. Para investimentos são R$ 1,6 milhão.

No primeiro semestre de 2017, o corte orçamentário promovido pelo Governo Federal obrigou que instituições federais do país, como a UFRR e o Instituto Federal de Roraima (IFRR), realizassem adequações para o próprio funcionamento, conforme divulgado pela Folha. Com o contingenciamento de recursos, a UFRR teve cortes de 60% em relação às despesas de investimento e custeio, como contratos e manutenção.

Com a notícia da liberação, o reitor explicou que o dinheiro referente ao custeio poderá ser utilizado para cumprir o planejamento de despesas com serviços de terceirização, manutenção, segurança e energia. Em contrapartida, será preciso decidir onde utilizar a quantia referente aos investimentos, tendo em vista as cinco obras em andamento na instituição. A previsão é de que pelo menos duas obras possam ser escolhidas.

Fernandes destacou que, como reitor, está aliviado em ter recebido a notícia da liberação. Ele lembrou que ainda no primeiro semestre de 2017 a previsão era que não haveria recursos do orçamento para os meses de novembro e dezembro. “Estava ansioso pelo descontingenciamento para empenhar o dinheiro que já estava previsto com as despesas deste ano”, frisou.

IFRR – Em Roraima, outra entidade que sofreu o corte de gastos da União foi o IFRR. No início do ano, a instituição recebeu aproximadamente R$130 milhões, sendo R$92 milhões direcionados às despesas de pagamento dos servidores e R$37 milhões aos investimentos, relativos a ações de expansão e reestruturação, custeio e a assistência ao estudante, que mantém o aluno na entidade. Contudo, o Governo Federal contingenciou cerca de 20% do valor.

No mês de maio, o IFRR passou por outro contingenciamento de 15% em relação às despesas de custeio e 32% na área de investimentos. Diante da situação, a instituição passou por uma série de restrições e ficou impedida de efetuar novos aluguéis, contratos de veículos e pagar diárias e passagens, a exemplo. A entidade também passou por uma limitação de 100% em relação às emendas parlamentares referente a área de investimento.

Pelo fato de o valor disponibilizado no início do ano não ter sido suficiente para manter a instituição, o pró-reitor de Extensão do IFRR, Nadson Castro, relatou que foi preciso diminuir o número de atendimentos em alguns programas relacionados a pesquisa e extensão. O pró-reitor informou que a Extensão teve 160 bolsas disponíveis no ano passado, cerca de 70 foram disponibilizadas este ano. Apesar da queda, a execução não foi impactada.

Diferente da UFRR, Castro explicou que a liberação do recurso contingenciado do IFRR é realizada mensalmente, geralmente no mesmo valor. “Se tínhamos que receber R$ 1 mil, por exemplo, recebemos R$500,00 no início do ano e R$100,00 por mês”, explicou. Em relação ao ano que vem, uma das expectativas do pró-reitor é voltar com os atendimentos normais aos alunos da instituição.

Para o coordenador do Orçamento do IFRR, Deyde Carvalho, a principal expectativa é ter receber um posicionamento de recursos e investimentos para as áreas de expansão, obras, reformas, ampliações e aquisições de equipamento. De acordo com Carvalho, a instituição só recebeu a previsão de custeio até o momento. “Não tem nada definido ainda pelo Governo Federal. Estamos esperando a Lei Orçamentária Anual para saber”, disse. (A.G.G)

Previsão orçamentária para 2018 é discutida

Durante as reuniões que participou em Brasília, o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), professor Jefferson Fernandes, informou que a Associação de Reitores, da qual faz parte, discutiu a previsão orçamentária das universidades federais para o ano de 2018 junto ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), tendo em vista que hoje, 29, será entregue no congresso a primeira versão da Lei Orçamentária Anual (Loa).

Segundo o reitor, a previsão orçamentária das despesas de custeio para 2018 anunciada pelo MEC é equivalente ao recurso deste ano, sem correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e inflação. Considerando que a UFRR sofreu contingenciamento de 60% na área, Fernandes apontou que a entidade está perdendo, uma vez que os contratos de manutenção possuem reajuste pela questão contratual.

No setor de investimentos a situação é pior. O reitor destacou que as universidades não devem receber recursos no ano que vem. “Vai depender de projetos individuais da instituição pleiteados junto ao ministério. E é ruim porque não garante planejar, a exemplo, a conclusão de um prédio”, falou. Diante da situação, o reitor explicou que está trabalhando na perspectiva política de acionar a bancada para colocar emendas de bancada no orçamento das universidades até o dia 20 de outubro, data em que encerra o prazo de apresentação de emendas. (A.G.G)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.