Política

Justiça mantém liminar que permite advocacia privada aos membros da PGE

Justiça mantém liminar que permite advocacia privada aos membros da PGE Justiça mantém liminar que permite advocacia privada aos membros da PGE Justiça mantém liminar que permite advocacia privada aos membros da PGE Justiça mantém liminar que permite advocacia privada aos membros da PGE

O Pleno do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) manteve a liminar que anula os efeitos da Emenda à Constituição Estadual n° 050, que veda o exercício da advocacia privada aos membros da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Esta é a segunda decisão sobre a suspensão dos efeitos da lei promulgada pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). A primeira foi proferida monocraticamente pelo desembargador Mauro Campello, em junho deste ano.

Na decisão, de caráter unânime, os desembargadores consideraram que a lei representa um vício de iniciativa, tendo em vista que a emenda à Constituição Estadual foi elaborada e aprovada pela Assembleia Legislativa de Roraima, quando constitucionalmente, a proposta é de responsabilidade do Executivo.

Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape), Telmo Lemos Filho, que esteve em Roraima para acompanhar a votação do Pleno, a emenda não só viola a competência do Governo e os direitos dos procuradores, mas fere o estatuto da advocacia. “A forma de regular as competências e as prerrogativas próprias dos Procuradores de Estado é de iniciativa do Executivo, isso ficou claro. Mas, além disso, nós viemos buscar reparação e a devolução aos Procuradores de Roraima das suas legítimas prerrogativas de exercer a advocacia na forma que o estatuto dos advogados define, somente com as limitações que lá se encontram, e também a percepção dos honorários advocatícios que já é uma realidade em praticamente todo o Brasil” avaliou.

Caso queiram, o Executivo e o Legislativo têm 15 dias para se manifestar e recorrer sobre a decisão.

RESIDÊNCIA – A lei promulgada pelo Legislativo também dispõe que nenhum servidor estadual deve residir fora de Roraima, mesmo que a serviço. Conforme o procurador geral do Estado, Cláudio Belmino, a emenda constitucional prejudicava diretamente os pacientes que hoje estão fora de Roraima por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). “Além de retirar vários dos direitos conquistados pelos Procuradores, a lei proíbe que qualquer servidor estadual resida fora do Estado. Isso praticamente extingue as representações de Roraima em outros estados, como Manaus e Brasília, que teriam que ser fechadas. Nesse caso a população sofreria diretamente, inclusive os pacientes que estão fora do Estado em tratamento de TFD, muitas vezes correndo risco de morte e que não teriam uma representação para prestar auxílio durante a estadia fora de Roraima”, afirmou.

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