Cotidiano

Reajuste do valor do gás de cozinha ainda não chegou a revendedoras de BV

O reajuste de 6,9% foi anunciado pela Petrobras na meia noite de sábado, dia 5, e em alguns Estados do país o preço já foi reajustado

Entrou em vigor no sábado, dia 5, o reajuste médio de 6,9% anunciado pela Petrobras para o gás liquefeito de petróleo vendido em botijões de até 13 quilos, mais conhecidos como gás de cozinha. Em alguns Estados do país, os consumidores já se deparam com os novos preços, porém essa ainda não é a realidade em Boa Vista. Segundo as revendedoras autorizadas locais, as distribuidoras ainda não repassaram os novos preços e os antigos continuam sendo praticados.

Na capital, a botija de gás de cinco quilos custa, em média, R$ 38. Já a de oito quilos é vendida por até R$ 48 e a de 13 quilos, por R$ 68. A Petrobras estima que, se os repasses feitos por distribuidoras e revendedores forem levados, integralmente, aos preços ao consumidor, o preço do maior botijão, o mais vendido, pode ser reajustado em média em 2,2% ou cerca de R$ 1,29. O valor vai depender da manutenção das margens de distribuição e de revenda e das alíquotas de tributos.

Em comunicado oficial, a companhia destacou que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. Já o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou por meio de seu portal na internet que as empresas distribuidoras associadas à entidade foram informadas quanto ao reajuste na tarde de sexta-feira, 4. A entidade sindical estima que o percentual possa variar, ultrapassando o anunciado pela estatal e afirma também que os novos preços estão abaixo do esperado. “O reajuste oscilará entre 6,4% e 7,5%, de acordo com o polo de suprimento. Com o aumento, o Sindigás calcula que o preço do produto destinado a embalagens de até 13 quilos ficará 22% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento”, afirma a nota.

A equipe de reportagem da Folha consultou alguns revendedores autorizados locais que informaram que os novos preços ainda não foram repassados pelas distribuidoras. O gerente de uma revenda no bairro Cambará, na zona Oeste, informou que ainda não há previsão para que o reajuste entre em vigor. “Não podemos estimar quando o aumento será repassado, pois ainda não fomos informados oficialmente, mas geralmente, o reajuste é feito assim que a distribuidora anuncia”, explicou.

A situação se repete em uma revenda no bairro dos Estados, zona Norte. “Sabemos do reajuste, pois foi anunciado na mídia, mas nossa distribuidora ainda não repassou. Acredito que nos próximos dias já mude. Do início dessa semana não deve passar”, esclareceu.