Nos primeiros seis meses deste ano, o estado de Roraima registrou crescimento de 300% no número de casos confirmados de dengue, chikungunya e zika em relação ao ano anterior. O número de pessoas com malária também aumentou consideravelmente. As cidades com maior índice de casos são a capital Boa Vista e Rorainópolis, na região sul do Estado. Os fatores que levaram a situação de alerta são o inverno rigoroso e a falta de trabalho preventivo. As informações são da Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde.
De acordo com o Sistema de Agravos de Notificação, no Brasil, sete estados estão em situação de alerta em relação à dengue, chikungunya e zika. Roraima é um deles. De 1º de janeiro até 04 de julho, foram confirmados 193 casos de dengue, 1.061 de chikungunya e 172 de zika. Quanto à malária, foram registrados 4.645, sendo 984 casos importados de outros estados ou países.
Conforme a coordenadora estadual de Vigilância Sanitária, Daniela Souza, as fortes chuvas e a falta de prevenção por motivo de troca de prefeitos nos município do interior elevaram o número de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, chikungunya e a zika. “As fortes chuvas neste ano e o fraco trabalho preventivo desenvolvido nos municípios do Estado, por conta da troca de administrados, ocasionou essa grave situação de alerta”, afirmou.
Ainda segundo Daniela, nenhum caso de morte foi confirmado por conta das epidemias. Encontra-se em Roraima um técnico do Ministério da Saúde, que está desenvolvendo um estudo em parceria com as autoridades em saúde estadual e municipal para traçar um plano de ação para combater o problema. Médicos serão treinados para uma percepção maior de diagnóstico preciso. “Já estamos tomando todas as providencias. As ações vão envolver os governos Federal, Estaduais e Municipais. Vamos elaborar estratégias para reverter esse quadro”, salientou.
Mas a coordenadora frisou que a população é fundamental para o combate ao mosquito, que todo cidadão tem informação de como se prevenir e eliminar criadouros. “A população é nossa maior aliada. Todo mundo tem informação de como combater esses mosquitos transmissores. É preciso apenas que coloquem em prática e, com certeza, tudo vai voltar ao normal”, garantiu.
ALERTA AOS CRIADOUROS – Os depósitos de água, como toneis, tambores e caixas d’água, são o principal tipo de criadouro em todo estado. Já o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas, garrafas, piscinas e calhas, predominou na capital. (E.S)