Coletores de lixo do município de Pacaraima, localizado na região Norte do Estado, denunciaram as más condições de trabalho. Um trabalhador, que pediu para não ser identificado, afirmou estar trabalhando de forma inapropriada, sem nenhum tipo de segurança e proteção. “Os funcionários são obrigados a trabalharem sem vestimenta adequada, proteção de botas e luvas”, disse.
Segundo o funcionário, além da reclamação quanto ao descaso dos equipamentos para executar sua função, as estruturas para trabalhar estão em total descaso.
“E o veículo que faz a coleta é um caminhão aberto, sem qualquer condição para esse tipo de trabalho. Pedimos providências das autoridades”, frisou.
OUTRO LADO – À Folha, o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, afirmou que todos os equipamentos de proteção individual solicitados pela empresa foram fornecidos. “Eles passaram uma relação de equipamentos, o que era de proteção individual foi fornecido. Luva, bota de borracha e as máscaras”, explicou.
Segundo o prefeito, há uma fiscalização das atividades realizadas pelos garis, além disso, afirmou que desconhece se existem outros equipamentos obrigatórios.
“Através das fiscalizações, é visto que eles estão trabalhando de uniforme. Agora não sei se existe outro equipamento necessário. Ainda não chegou nenhuma demanda deles, nem da empresa,” comentou.
Torquato disse que o caminhão-coletor fornecido está velho, sucateado e sem manutenção há alguns anos. Tanto que no início da semana quebrou e até o momento a peça para reposição não foi comprada. Para não paralisar a coleta de lixo urbano, um caminhão ‘carga seca’, inadequado para o serviço, foi disponibilizado. “O caminhão está sem manutenção há oito anos e, em Boa Vista, não encontro empresas que forneçam serviços de aluguel desse tipo de veículo. Tentei com a Prefeitura de Boa Vista, mas não consegui localizar a prefeita. Mas não podemos deixar de fazer a coleta do lixo”, finalizou.
A Folha tentou entrar em contato com a empresa responsável por realizar as atividades de coletas dos resíduos, identificada como “JF”, mas não teve resposta até o fechamento desta matéria. (F.J)