Cotidiano

Fórum promove atualização médica sobre doenças transmitidas por Aedes aegypti

Em sua primeira edição, o Fórum Roraimense sobre Arboviroses abordou a atualização da febre amarela, chikungunya, dengue e zika

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Por conta da recente epidemia de febre amarela no Brasil e a preocupação com o aumento de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Associação de Infectologia do Estado de Roraima (AIERR) promoveu na tarde de ontem, 7, a primeira edição do Fórum Roraimense sobre Arboviroses. O evento reuniu mais de 150 pessoas no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Roraima, entre médicos, enfermeiros e acadêmicos. As palestras consistiram na atualização de conhecimento a respeito das doenças febre amarela, chikungunya, dengue e zika.

O objetivo principal do Fórum é disseminar e atualizar conhecimento para garantir atendimento médico com mais segurança à população, conforme ressaltou o presidente da AIERR, Luis Enrique Galán. “Esse é um tema discutido no Brasil há muitos anos. Aqui em Roraima também já abordamos o assunto, mas é a primeira vez que realizamos um evento exclusivo para tratar sobre arboviroses. É uma capacitação voltada prioritariamente aos médicos e demais profissionais da saúde, mas também contamos com muitos acadêmicos de Medicina em busca de conhecimento”, afirmou.

Galán também ressaltou a importância do contexto histórico para a realização de um evento com esse cunho no Estado. Isso porque, em 1981, houve em Boa Vista o primeiro surto de dengue registrado no país, após a reentrada do mosquito em território nacional. Foi também a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente. Os sorotipos 1 e 4 foram identificados, mas rapidamente contidos, e não chegaram a se alastrar para outros estados.

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Kléber Giovanne Luz, que participou do evento, diz que a infectologia é uma das especialidades mais complexas, porque há também as variações regionais.

“Por conta do clima e outros fatores, um profissional infectologista de São Paulo não poderia trabalhar em Roraima, por exemplo. Também são vários os motivos que fazem desse evento importante: sabemos o quanto somos vítimas hoje de erros médicos e a prevenção desse problema é o conhecimento. É o que estamos propondo aqui hoje. Outra vantagem é porque estamos discutimos doenças endêmicas e epidêmicas que são nossas, não estamos importando de outros países. É a nossa realidade”, ressaltou.

Além do presidente da SBI, também estiveram presentes os médicos Guilherme Pivoto e Lúcia Alves da Rocha, ambos do Amazonas, e Dalcy Albuquerque, do Distrito Federal. Segundo Lúcia, as atualizações médicas são sempre bem-vindas “tanto para os médicos, que já possuem certo tempo de formação, quanto para os acadêmicos”.

Ainda segundo a médica, não há muita diferença de casos entre o Amazonas e Roraima, visto que ambos os estados possuem a mesma condição climática. “Nosso clima é quase igual, logo, a conduta é a mesma. A doença vai aparecendo e novas situações vão sendo descobertas, por isso precisamos dessas informações e atualização. Quanto mais detalhes sobre a doença tivermos, mais chances teremos de proporcionar um diagnóstico precoce”, garantiu a médica, que é infectopediatra com doutorado em medicina tropical.

FÓRUM – Conforme o presidente da AIERR, Luis Galán, a intenção é que o Fórum Roraimense sobre Arboviroses seja realizado anualmente. “A partir do segundo semestre deste ano, vamos realizar novas ações de infectologia, mas a intenção é que o Fórum seja realizado anualmente. Este é apenas o primeiro e foi abraçado por vários profissionais, acadêmicos e parceiros. Precisamos falar sobre o Conselho Regional de Medicina (CRM), que sempre incentiva quando o assunto é capacitação médica, e também o apoio da Liga de Infectologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Os acadêmicos estão conosco desde o início do evento”, disse. (C.C)

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