Cotidiano

MPF do Amazonas cancela deportação de índios para Roraima

Durante coletiva, secretária de Diretos Humanos e Cidadania explicou que a viagem que levaria os índios para Roraima foi cancelada por determinação do MPF

A viagem que levaria 88 índios venezuelanos até a cidade de Pacaraima, no estado de Roraima, no próximo domingo (2), foi adiada por tempo indeterminado. O Ministério Público Federal (MPF) decidiu intervir após verificar que não havia garantias que os imigrantes conseguiriam entrar no seu país de origem.

Segundo a titular da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Graça Prola, desde dezembro do ano passado até esta quinta-feira (30), já chegaram aproximadamente 300 índios da etnia Warao na capital amazonense. Eles buscam novas oportunidades de trabalho e de garantir a alimentação.

“A reclamação deles é que na Venezuela eles não têm o que comer e nem onde trabalhar. Mas quando a secretaria passou a fazer o mapeamento deles e ouvir as suas demandas, identificou que essas pessoas desejavam retornar para o seu país”, explicou.

A secretária ainda destacou que após reuniões com vários órgãos e entidades, o acerto inicial era que dois ônibus, um de responsabilidade do município e outro do estado, iriam levar os imigrantes para a cidade brasileira mais próxima da fronteira com a Venezuela.

“Eles não seriam deportados, é escolha deles voltar. Mas a partir de uma reunião, o MPF decidiu vetar a viagem, pois não havia certeza que, ao deixá-los em Pacaraima, eles conseguiriam ir para San Felix ou Tucupita”, disse Graça, que ainda afirmou que o Governo Federal vai buscar junto aos ministérios uma forma de resolver a situação.

Ainda conforme a titular da Sejusc, o Estado vem acompanhando a situação e oferecendo o apoio necessário para as famílias. Entre as medidas estão: doações de roupas, comidas e remédios de várias entidades.

“Estamos acompanhando a questão de refúgio para uns, além de saúde, já que duas crianças foram diagnosticadas com tuberculose e outras doenças parasitárias. Elas já estão recebendo tratamento e auxílio para a alimentação”, detalhou.

 

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.