Cotidiano

Empresário denuncia atuação de funerária clandestina na Capital

Empresário denuncia atuação de funerária clandestina na Capital Empresário denuncia atuação de funerária clandestina na Capital Empresário denuncia atuação de funerária clandestina na Capital Empresário denuncia atuação de funerária clandestina na Capital

O proprietário de uma funéria de Boa Vista, que preferiu não se identificar, procurou a Folha para denunciar a atuação de uma empresa que está oferecendo serviços de sepultamento de forma irregular. Segundo ele, há cerca de dois meses o proprietário da funerária clandestina está fazendo vigília em frente ao Hospital Geral de Roraima (HGR) e no Instituto Médico Legal (IML) em busca de familiares que necessitam do serviço.

Conforme a denúncia, a atuação ilegal está atrapalhando o regime de plantão estabelecido entre as funerárias sindicalizadas e regulares da Capital. O denunciante disse que procurou a Vigilância Sanitária Municipal e foi informado por fiscais que o referido empresário não havia dado entrada até o momento na documentação para poder atuar no mercado funerário.

“O que está acontecendo é injusto com os empresários regulares. Nós pagamos impostos, taxas, funcionários, respeitamos a lei e fazemos cursos para atuar nesse meio. Já fomos orientados a procurar a direção do HGR e chamar a polícia quando este empresário clandestino estiver fazendo plantão, mas preferimos recuar para não constranger as famílias que perdem um ente querido”, disse.

O denunciante também afirmou que a Vigilância Sanitária não está realizando as devidas fiscalizações. “Existem algumas empresas na Capital, que possuem alvará de funcionamento, mas estão completamente sem condições de atuar. Existem casos de funerárias preparando o corpo em áreas abertas, sem os devidos cuidados. São necessários uma mesa adequada e vários cuidados especiais. Essas empresas estão deixando a desejar, mas a Vigilância também, por não estar atuando como deveria”, acusou.

SINDEPRES – O presidente do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Funerários do Estado de Roraima (Sindepres), Anselmo Martinez, informou que a funerária clandestina deu entrada junto ao sindicato para se filiar. “Mesmo assim, esse empresário não pode atuar no mercado”, disse. “Procuramos as autoridades e notificamos sobre esse problema para que possam tomar uma providência”.

Martinez é o coordenador do cemitério Campo da Saudade, de propriedade da Organização Social de Luto. “Esse empresário também me procurou para realizar o cadastro junto ao cemitério, pois é necessário para fazer o sepultamento, mas só as empresas regulares no mercado podem adquirir esse direito. Ele não conseguiu”, disse.

PREFEITURA – Por meio de nota, a Prefeitura de Boa Vista afirmou que as denúncias devem ser realizadas através da Central 156, com o maior número de informações possíveis, inclusive endereço, para que a Vigilância Sanitária envie a equipe ao local para fiscalizar e inspecionar as condições higiênico-sanitárias do estabelecimento.
 
Sindicato afirma que existem mais funerárias do que Boa Vista suporta

Segundo a Associação Brasileira de Empresas e Diretores Funerários (ABREDIF), não existe uma lei federal que regulamenta o número de empresas proporcional ao número de habitantes, mas deve haver um bom-senso, sendo definido que o número de funerárias por habitantes não deve ser superior a uma empresa para cada 100 mil habitantes.

Conforme o do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Funerários do Estado de Roraima (Sindepres), Anselmo Martinez, Boa Vista só tem capacidade para seis empresas funerárias, levando em consideração a população. “Já existe uma lei municipal que regulamenta esse tipo de situação. Há muitos anos, o sindicato vem cobrando a Prefeitura para atualizar essa lei e regulamentar o setor funerário de Boa Vista. Até agora, não obtivemos nenhuma resposta”, disse.

Ele afirmou que o então prefeito Iradilson Sampaio chegou a acatar as reivindicações do Sindepres e suspendeu, na época, a emissão de novos alvarás para empresas funerárias. “Na época, criou-se uma comissão para que essa legislação fosse executada, mas nada avançou”, disse.

PREFEITURA – Por meio de nota, a Prefeitura de Boa Vista afirmou que o município deve fazer o que está previsto em lei, mas que irá analisar o pedido do Sindepres.

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