Com a proximidade do Dia Mundial do Câncer a ser comemorado amanhã, 4, especialistas alertam para a importância do exame de identificação do câncer de próstata. Em 2016, vinte pessoas morreram no Estado em decorrência da doença, duas a mais do que em 2015. No ano passado houve quatro casos a mais do que o ano anterior. Os números são do Laboratório de Anatomia Patológica do Estado.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) orienta que consultas de rotina na rede pública são feitas nos postos de saúde dos municípios, com um clínico geral. Somente se houver necessidade o paciente será encaminhado a um urologista. Estes especialistas são encontrados na Clínica Especializada Coronel Mota, no Centro, que tem em média 150 vagas por semana para os oito urologistas disponíveis.
Os exames preventivos também podem ser feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo o Antígeno Prostático Específico (PSA), sendo possível que o paciente utilize clínicas particulares conveniadas. “O resultado sai no mesmo dia. É importante que, com o resultado em mãos, o paciente retorne com seu médico para que ele avalie os resultados”, lembra a Sesau.
Por fim, pacientes diagnosticados com câncer são tratados na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima (Unacon), que trabalha com remédios, consultas, cirurgias e acompanhamento psicológico e social.
RECOMENDAÇÃO – O urologista Mário Maciel, que atende em Boa Vista, disse que o câncer de próstata costuma aparecer em homens a partir dos 45 anos. Antes disso, não há necessidade do exame. O câncer pode ser detectado pelo exame de toque e até mesmo em um check-up. Inclusive, a maioria dos seus pacientes descobriu o mal por meio da avaliação rotineira. “Eles são diagnosticados mesmo sem estarem com os sintomas propriamente ditos”, complementou.
Atendendo semanalmente de 3 a 5 pacientes com o câncer de próstata, Mário Maciel acrescenta outras duas doenças que podem acometer a região: prostatite (infecção) e a hiperplasia prostática (crescimento benigno).
A primeira é tratada com remédios, a segunda com remédios ou cirurgia. Já o tratamento do câncer de próstata pode ser hormonal, cirúrgico ou radioterápico, dependendo do estágio do tumor.
A adesão dos homens às consultas com o urologista cresceu nos últimos dez anos. O médico credita às campanhas maciças do governo (como o “Novembro Azul”) e à colaboração da mídia na sensibilização do público-alvo. “Tudo isso tem sido de grande valia para que os homens procurem o tratamento precoce”, frisou o especialista. (NW)