A Medida Provisória 746/16, que mudará as diretrizes do ensino médio, será debatida na próxima segunda, 19, a partir das 14h, no auditório Alexandre Borges, na Universidade Federal de Roraima (UFRR). A organização é do Instituto Federal de Roraima (IFRR). O evento é gratuito e convida a população a conhecer e discutir as propostas de reforma do nível médio pelo governo federal, e o que as unidades educacionais podem fazer para se preparar para a aplicação da MP já no ano que vem.
Como atração principal, está a mestre Nilva Schroeder, que foi diretora de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), tendo gabarito em educação pública e formação de professores. Nilva Schroeder é reconhecida entre os gestores de Institutos Federais. Atualmente, ela é pedagoga do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e também trabalha na cooperação técnica do Instituto Federal de Brasília (IFB). Também foram convidados a Secretaria de Estado de Educação e Desportos (Seed) e representantes de comunidades acadêmicas de Roraima.
IMPACTO – A diretora de Políticas do Ensino Técnico em Exercício no IFRR, Nayara Paula de Freitas, comemora a vinda do tema para o meio educacional do Estado. A Medida Provisória preocupa por causa da não obrigatoriedade de disciplinas como educação física e sociologia, afetando o trabalho dos professores destas matérias. A carga horária, que aumentará de 800 para 1.400 horas, demanda mais estrutura do Instituto.
O IFRR trabalha com o ensino médio integrado ao ensino técnico, dispondo de laboratórios e professores especializados. “Se nós que já temos uma estrutura mínima, estamos preocupados, imagine uma escola estadual, que não tem a mesma quantidade de laboratórios e professores que temos. Curioso é que vem por aí um corte nos gastos públicos para educação [PEC 55] e não poderemos contratar profissionais. O governo fala em ampliar o tempo do jovem na escola, mas não nos dá condições para isso”, frisou.
Por isso, Nayara Paula convida o grande público para participar do debate na segunda-feira. “Precisamos pensar em qual será a nossa posição enquanto Instituto Federal e como planejaremos o ano de 2017 em todas as esferas de educação, considerando que até lá esta MP já terá força de lei”, comenta.