O microempresário Raynilson Rocha, 27, realizaria um dos maiores sonhos da vida na tarde desta quinta-feira (15).
Ele ouviria e responderia o sim da noiva Lívia Vasconcelos. Isso se tivesse conseguido retornar à Manaus da viagem de férias que fez com mais cinco amigos para Venezuela.
Porém, desde a última terça-feira (13), o amazonense, assim como muitos outros brasileiros, estão impedidos de retornar para o país por meio da fronteira de Pacaraima (RR).
A fronteira está fechada desde a última terça-feira, por decisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A medida política acabou com os planos do casal Raynilson e Lívia.
Desde julho, Raynilson e a noiva vinham se preparando para o “grande dia”. A cerimônia estava agendada para as 12h e seria em um local mais reservado para a família e os mais chegados dos noivos.
Com o sonho virando uma grande confusão, Lívia nem quis se pronunciar sobre o assunto. Raynilson só deseja conseguir retornar para o país e poder conversar com a noiva e decidir quais os próximos passos da relação e reorganizar novamente o casamento.
O microempresário contou que é acostumado com essa viagem. Sempre visita o país vizinho com a família e amigos. A viagem, assim como o casamento, também vinha sendo planejado há alguns meses, pois levaria pela primeira vez o sócio da própria empresa para conhecer Venezuela.
Raynilson viajou em um carro com o irmão Rainey Rocha, 32, com os amigos Alexsandro Aguiar, 24, Carlos Alan Negreiros, 25 e Júnior Tiago de Paula, 33. Eles passaram pela fronteira no dia 5 de dezembro.
O microempresário informou que eles, assim como também os demais brasileiros que estão retidos no posto da fronteira, chegaram a procurar o próprio consulado, mas não tiveram nenhum retorno.
“Estamos sem saber o que fazer, não estamos tendo assistência e a situação é bem preocupante. Encontrei até uma brasileira grávida de sete meses no consulado que estava pedindo ajuda, pois a gravidez dela era de risco. Mas assim como os demais, essa moça também não teve retorno”, detalhou.
O posto fronteiriço com a cidade de Pacaraima está temporariamente fechado desde o dia 12 de dezembro por determinação do governo venezuelano.
Este fechamento foi um das medidas anunciadas pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para ser feito a retirada de circulação de uma das células com maior circulação no país. Neste caso, a nota de 100 bolivares.
Conforme o Ministério das Relações Exteriores, a previsão é que a fronteira fique fechada até esta sexta-feira (16).
Com informações do portal acrítica