Cotidiano

Comoção marca velório de policial assassinado por integrantes de facção

Soldado da Polícia Militar que trabalhava na Penitenciária foi executado a tiros dentro da própria residência, no bairro Santa Teresa

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O velório do soldado da Polícia Militar de Roraima, Arnaldo Alves Sena, de 39 anos, reuniu um grande número de agentes de segurança, além de familiares e amigos, na manhã desta quarta-feira, na quadra do Comando-Geral da PM. Ele foi executado a tiros por integrantes de uma facção criminosa, na tarde de terça-feira, 15, quando estava deitado em uma rede, na área externa da sua residência, no bairro Santa Teresa, zona Oeste da Capital.

O corpo do soldado chegou ao local por volta das 9h. Representantes da PM, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Guarda Municipal e do Exército estiveram no velório. O comandante-geral da PM, coronel Dagoberto Gonçalves, chegou emocionado. O secretário de Segurança Pública, coronel Paulo César Silva, também esteve presente.

“O soldado Arnaldo era aquele que, assim como muitos outros, colocava em risco a sua própria vida para defender a sociedade. O assassinato se deu contra a pessoa física do nosso PM, mas de fato toda a sociedade foi assassinada”, disse o secretário em pronunciamento no velório. Ele afirmou que o Estado dará uma resposta imediata e enérgica no combate ao crime organizado.

“É mais do que necessário conter o crime organizado. Estamos trabalhando forte junto ao Ministério da Justiça para que sejam liberados recursos para a construção de novos presídios no intuito de conter os que comandam o crime de dentro para fora do sistema. Temos a exata consciência da responsabilidade que pesa sobre nossos ombros, mas aquele que agride um policial terá a resposta à altura como profissionais que somos”, destacou o secretário.

Dentro do Comando da PM estavam familiares e alguns colegas do soldado. Um primo dele, que preferiu não se identificar, disse que o policial gostava do que fazia. “Ele era um policial justo e íntegro, só fazia o trabalho do jeito que era para fazer e cumpria a lei. Não era um policial corrupto e não aceitava nada”, afirmou.

Segundo ele, o soldado não tinha inimigo e não havia recebido nenhum tipo de ameaça. “Não sei por que aconteceu isso com ele. Estava há uns dois anos atuando na Penitenciária Agrícola. A gente não imaginava que fosse chegar nesse tipo de situação. Até então, ninguém sabia se o conheciam lá dentro, se deram alguma informação”, frisou.

O primo do policial relatou que, no dia do crime, eles estavam organizando um churrasco na residência, no bairro Santa Teresa. “Eu trabalho em um mercado e ele estava me esperando. Tínhamos combinado de fazer um churrasco e liguei para ele informando que estaria chegando, mas 40 minutos depois já tinha acontecido. Segundo a irmã dele, ele levou quatro tiros, dois na cabeça e dois na costa. Fizeram isso para matar ele”, informou.

Corpo foi levado para o Amazonas

Após o velório, o corpo do soldado foi levado em comboio para cortejo fúnebre pelas ruas de Boa Vista, por volta das 10h30. Muitas sirenes foram ouvidas pela cidade. A pedido da família, o policial militar será sepultado no município de Iranduba, no Amazonas.

O soldado Arnaldo Sena era amazonense e foi incorporado na Polícia Militar de Roraima no ano de 2003. Atuou nos 1º e 2º Batalhões de Polícia Militar e atualmente exercia as atividades na Companhia Independente de Policiamento de Guarda (CIPG) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Ele deixou três filhos e a esposa. (L.G.C)

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