A aula inaugural dos cursos de especialização acontece na próxima quarta-feira, 19, a partir das 09 horas no auditório da Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago e será ministrada pelo coronel da 1º Brigada de Infantaria de Selva, Rezende Guimarães Filho.
Conforme a PM, serão 45 dias de aula para ambos os cursos, com participação de 69 policiais militares, três guardas civis municipais, dois policiais civis, um representante da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) e um policial federal no 10º Curso de Especialização em Força Tática.
Já o 3º Curso de Cinotecnia Básica terá 32 participantes entre policiais militares, bombeiros militares e bombeiros civis, além de militares da Aeronáutica e Exército. Serão três módulos: teórico-prático, prático e estágio de patrulhamento tático.
Os cursos serão supervisionados e certificados pela Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago (Apics) e pelo Instituto de Defesa Civil da Amazônia Brasileira (Idecan-BR) e desenvolvidos no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), nas fazendas de instrução da PM/RR e do 7º BIS, para as instruções em área de selva.
Para o comandante do BOPE e diretor do curso, coronel Charles Matos, a sociedade é a maior beneficiada com a capacitação. “Serão mais policiais especializados atuando nas ruas, trazendo mais segurança à população. Desejo sorte aqueles que de forma voluntária se apresentaram para aquisição de mais conhecimentos para a atuação policial”, disse.
Um dos coordenadores do curso, o capitão Overlan Alves, acredita que “A Força Tática é regida por uma doutrina diferenciada, pelo modo de abordagens e uso de equipamentos e armamentos”. Em todo o Brasil as equipes de Força Tática atuam em ocorrências de grande repercussão. “Elas tem conhecimento e atuação diferenciadas com uso de armas longas e de impacto controlado. Atuam também em situações de distúrbio civil, reintegração de posse, rebeliões em presídios e missões de busca na selva”.
Após a conclusão do curso, os policiais militares serão empregados no patrulhamento de segunda malha, atuando no reforço ao policiamento normal.
CINOTECNIA
O comandante do Canil da PM/RR e coordenador do curso de Cinotecnia, capitão Falkner Ferreira, lembra que ao final do curso serão apresentados artigos científicos produzidos pelos participantes. “O curso trará um conhecimento em Cinotecnia, parte prática e teórica, além de ser reconhecida internacionalmente. Com a produção científica, vamos reunir esse material para posterior divulgação em forma de livro”.
A PM possui os cães Kratus, da raça Rottweiler e Íris, da raça Pastor Belga Malinois, treinados para missões específicas. Os animais retornaram recentemente do Rio de Janeiro onde participaram de missões de guarda e proteção no policiamento interno dos estádios e áreas externas da Rio 2016. A cadela Íris foi recentemente treinada para detecção de explosivos e narcóticos.
Após treinamento especializado hoje ela detecta os 12 principais explosivos comercializados no país. Além destes cães, já certificados e treinados, hoje o Canil da PM treina mais um animal para busca em mata e salvamento, faro de entorpecentes, além de se qualificar para as apresentações que o canil realiza junto à comunidade escolar.
As apresentações com os cães da PM ficarão suspensas durante o período de execução do curso. Após esse período as solicitações poderão ser feitas normalmente através de ofícios endereçados ao Comando Geral da PM. “Com o curso teremos mais cinotecnistas especializados para que atendamos estas demandas, afinal além do policiamento especializado esse contato com as comunidades escolares também se faz necessário e já é uma das marcas da nossa unidade”.
A aspirante a oficial da PM, Nirlany Sousa, tem como expectativa a utilização dos conhecimentos adquiridos em sua atividade policial. “Isso vai engrandecer minha carreira, pois serão 45 dias intensos, em uma qualificação profissional ímpar. Crio cães há dez anos, porém nunca atuei com eles em policiamento e após o curso estarei preparada para as missões que necessitem da parceria entre o binômio homem-cão”, explicou.
Os cursos de especialização são conhecidos nos meios policiais por serem extenuantes e exigirem muito preparo físico de seus participantes. Os coordenadores, no entanto, afirmam que a rusticidade dos cursos é necessária, pois o policial que atua em operações especiais, além da voluntariedade, precisa ter disponibilidade, controle emocional, resistência física e no caso do canil tem-se a preocupação com o animal.
“O animal requer atenção especial, como o respeito aos seus limites físicos. O policial depois dos conhecimentos adquiridos poderá planejar a execução de missões de até 24 horas, de forma que o seu companheiro, no caso o cão, possa acompanhá-lo nessa empreitada”, finalizou Ferreira.
Com informações do Governo do Estado.