Cotidiano

Brigas de estudantes em frente das escolas tornam-se mais frequentes

Uso de drogas, disputa de territórios e relacionamentos são os motivos principais dos confrontos entre estudantes, inclusive meninas

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As brigas em ambiente escolar estão se tornando cada vez mais frequentes em Roraima. Só esta semana, em duas escolas estaduais, os casos repercutiram por meio de vídeos feitos por alunos. Na maioria das vezes, as imagens são compartilhadas via WhatsApp e até em redes sociais. Entre os principais motivos estão o uso de drogas, disputa por territórios e relacionamentos, no caso das meninas.

Para a chefe da Divisão de Psicossocial da Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed), Marilene Teixeira, os conflitos nas escolas surgem a partir dos problemas sociais vivenciados fora do ambiente educacional. A partir dos impasses são criadas as conhecidas “galeras”, que se reúnem, principalmente, por questão de territórios. Ainda assim, ela afirmou que o que mais influencia a problemática entre os jovens é o uso das drogas, tornando-os pessoas violentas que brigam por questão de espaço.

“A escola é um espaço de convivência social, que aglomera pessoas, então eles se encontram sempre e, dependendo da circunstância do momento, nessas horas surgem as confusões”, explicou Marilene, que ressaltou o trabalho realizado voltado para a violência, da indisciplina e dos atos infracionais, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e Polícia Militar do Estado de Roraima (PMRR).

Quando surgem casos que envolvem armas, drogas, agressão física e ameaça à vida alheia, os parceiros chamados a se envolver, uma vez que já se trata de um ato infracional de justiça. Nesses casos, os menores são encaminhados à Delegacia de Defesa da Infância e da Juventude (DDIJ) e os responsáveis são comunicados, para que estejam acompanhando.

Se o contexto for educacional, a competência é da Seed, que realiza um trabalho de conscientização e prevenção aos alunos por meio de palestras, discussões e debates. A chefe enfatizou o Projeto Antidrogas, que proporciona um momento de reflexão por conta do uso dos entorpecentes, abordando os efeitos que são provocados e o que implica a lei. Marilene também atribui o cenário ao que os jovens fazem em horários opostos às aulas.

“Infelizmente, as questões sociais gritam mais forte na convivência social. A maioria dos jovens passa a maior parte do dia nas ruas, sem ocupação, juntando os valores com amizades que não são saudáveis, que depois vêm para dentro da escola e nós temos que resolver”, frisou. Ela acredita ser necessário um momento de reflexão entre autoridades do Estado como um todo, no que diz respeito à questão da lei.

Conforme relato, os próprios pais já têm medo de corrigir e orientar os filhos, usando até de ameaças que serão levados às delegacias e até à cadeia. “Eles começam a perder a autoridade, mas isso é um problema de educação familiar”, lamentou. Marilene pontuou que o que pode ser feito dentro do âmbito escolar é realizado, mostrando as consequências dos atos infracionais na vida social do ser humano.

Ainda assim, ela ressaltou que é preciso resgatar a autoridade familiar para educar e dar ocupação no horário oposto aos jovens, a fim de que não fiquem ociosos e soltos nas ruas, se envolvendo com pessoas erradas e que levam a esses problemas. “A educação tem um momento desafiador nesses tempos modernos, em que a droga se propaga em uma velocidade muito maior que os pais, e até os educadores, possam perceber”, relatou.

Segundo a chefe, o apoio da sociedade e das autoridades parceiras é necessário, para que os problemas sejam resolvidos ou amenizados. Dessa forma, segundo Marilene, os demais jovens e futuros cidadãos poderão desfrutar de um ambiente escolar saudável para o desenvolvimento. (A.G.G)

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