Na tarde desta terça-feira, 13, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), localizada na zona Rural da capital, recebeu a visita da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Prisional, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
Considerada a principal unidade prisional do Estado, sua estrutura foi criada inicialmente para comportar cerca de 700 presos. No entanto, devido à falta de novas prisões, o local está com 1.463 reeducandos.
Além da estrutura sucateada, uma das reclamações constantes dos presos da Pamc diz respeito à ausência de médicos e de remédios. Na unidade, há reeducandos com diversas doenças crônicas, que aguardam a atenção do setor de saúde. A situação mais preocupante são os pacientes com câncer.
“Observamos que tem um esforço da atual gestão para reorganizar o sistema prisional por ala, classificando por crimes e por condições de cumprimento de pena ou por situação de preventivados. Mas verificamos também várias ausências, inclusive na área de saúde, de médicos, de remédios, de higiene, fossas entupidas”, disse a presidente da CPI, deputada Lenir Rodrigues (PPS).
Por conta da situação, a deputada pediu aos presos que fizessem um relatório para apresentar à Comissão. Para ela, é impossível ressocializar sem dar a estrutura compatível, ressaltando ainda reconhecer que os problemas do local são antigos.
“As pessoas que estão aqui merecem ser tratadas como ser humanos e terem um tratamento humanitário, para que a sociedade lá fora se sinta segura e não tenhamos fugas. Para o sistema ser calmo, precisamos dá tratamento humanitário para quem está aqui dentro pagando o que deve”, afirmou.
No entendimento da deputada, investimento em educação e ações profissionalizantes seriam as principais soluções para minimizar os problemas da unidade.
“O Poder Executivo por meio da Sejuc tem que revitalizar e empoderar a escola que tem aqui dentro do sistema prisional. Dá uma oportunidade para trabalharem em horta, artesanato e em outras a atividades. Reativar projetos como o de confecção de bola, revitalizar o trabalho, porque mente vazia é oficina do diabo. Pessoas desocupadas, só trancadas, não irão se ressocializar e não voltarão para a sociedade de forma ordeira e educada”, complementou.
Com informações da Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa de Roraima (Supcom ALE-RR).