Para facilitar as ações de combate ao crime nas cidades fronteiriças e nas de maior população do Estado, câmeras de monitoramento foram instaladas em pontos estratégicos onde há maior fluxo de pessoas, veículos e produtos. São aproximadamente 133 equipamentos de monitoramento que auxiliam no combate ao tráfico de ilícitos, nas investigações de furtos, roubos, na captura de foragidos, entre outros delitos praticados no Estado.
O próximo local a receber as câmeras será a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc), na zona rural de Boa Vista. Serão instalados equipamentos na entrada e nas imediações da maior unidade prisional do Estado para suporte da fiscalização.
Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Paulo César Costa, são nove câmeras com zoom de 500 metros e capacidade de 360 graus de cobertura para cada município. A primeira cidade a receber os equipamentos foi Bonfim, na fronteira Oeste com a Guiana. Pacaraima, fronteira Norte com a Venezuela, também é atendida pelo programa de Videomonitoramento.
Não apenas cidades de fronteira estão com as câmeras instaladas. De acordo com ele, outras com maior número de habitantes, como Caracaraí, no Centro-Sul, e Rorainópolis, ao Sul, também contam com o novo sistema. “As imagens captadas podem ser compartilhadas com outros órgãos que atuam na área de segurança, bem como podem ser disponibilizadas ao cidadão, com prévia autorização da autoridade policial”, informou o secretário.
A estratégia de videomonitoramento é desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Cidadania, Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). O investimento de R$ 2 milhões, com a contrapartida de R$ 400 mil do Estado, faz parte do programa Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enafron).
O coordenador do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), Cláudio Nunes Vieira, informou que em Boa Vista, cidade mais populosa do Estado, estão instaladas 107 câmeras, sendo 20 do projeto “Crack: é Possível Vencer”. Algumas delas estão nas praças Germano Sampaio, no bairro Sílvio Botelho; Mané Garrincha, no bairro Tancredo Neves; e na praça do conjunto Cambará, todas na Zona Oeste. Segundo ele, as imagens da Capital são captadas, armazenadas e acompanhadas pelo Ciops.
No interior, Vieira informou que o acompanhamento é feito por policiais e bombeiros militares capacitados para atuar nas centrais operacionais instaladas nas companhias de pelotões da Polícia Militar de cada município.
De acordo com o coordenador, a implementação do novo sistema vem sendo realizada desde março e a última cidade a receber os equipamentos foi Rorainópolis, há cerca de um mês.
“A intenção é inibir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança”, disse Vieira ao lembrar que em Bonfim, nos primeiros 15 dias de instalação, ainda em março, foram recuperadas duas motos com restrição de roubo e furto, detidas duas pessoas que infligiram a lei Maria da Penha e recuperado um celular minutos após o furto. Houve também a detenção de três pessoas por falta de documentação e uma prisão por contrabando.
Ele disse ainda que estes são alguns números e que ainda está sendo feito um levantamento estatístico dos crimes coibidos com a utilização das imagens. No entanto, lembrou a prisão de meliantes pegos em flagrante cometendo furtos logo no primeiro dia de funcionamento dos equipamentos em Pacaraima.
Umas das preocupações para manter o funcionamento do sistema de monitoramento, segundo ele, são as tentativas de destruição cometidas por pessoas mal-intencionadas. “Os bandidos tentam quebrar os equipamentos para não serem identificados na prática do crime. É importante que a população denuncie quem estiver tentando destruir as câmeras, que são importantes para toda a sociedade. É só ligar para o 190”, complementou Vieira. (A.D)