A Obra Social Nossa Senhora da Glória, conhecida como Fazenda da Esperança, localizada no Município de Iracema, cerca de 82 km, ao Centro-Sul de Roraima, procura por parcerias com o setor comercial e empresarial do Estado, a fim de ampliar as instalações e melhorar a qualidade das atividades ofertadas às pessoas que estão em tratamento. A instituição é uma comunidade terapêutica, sem fins lucrativos, que recebe jovens e adultos que desejam se livrar das drogas. Há seis anos, oferece recuperação baseada no tripé: trabalho, convivência e espiritualidade.
Segundo o responsável técnico e atual presidente, Luciano Figueiredo, as atividades desenvolvidas pelos residentes estão nas áreas de panificação, que além de pães também produz biscoitos, e a fabricação de sabão em barra, a partir da doação de óleo de lanchonetes e restaurantes. Recentemente foi realizado o primeiro plantio de babosa do Estado, para a produção de shampoo e condicionador. A expectativa é que comece a produzir no final do ano.
“Só queremos apoio para a continuidade das atividades, estamos bem, só queremos mais voluntários para melhorar o serviço e a estrutura. Precisamos de madeira, então queremos contar a ajuda de empresários e comerciantes para reformar e até construir mais casas e assim acolher mais 20 interessados. O Governo apóia no que pode, mas estamos em busca de qualquer maneira”, relatou.
De acordo com Figueiredo, a entidade está lotada, abrigando atualmente 34 pessoas. A construção de casas, ampliação das instalações e reformas dariam a oportunidade de acolher mais pessoas que desejam entrar. “A Fazenda é aberta, só está aqui quem quer. A duração padrão é de um ano e dos que terminam o ano, 70% saem recuperados. Se ele quiser voltar ele precisa passar um mês em casa e depois se apresentar a nós. Aí ele já volta sendo voluntário, podendo se tornar padrinho e até mesmo coordenador. Todos que trabalham aqui são voluntários, inclusive eu”, disse.
Para entrar, o cidadão precisa apresentar um laudo médico, que faz parte do procedimento, dizendo que ele está apto para passar o ano. A medida é tomada porque, por ser comunidade e não clínica, a Fazenda Nova Esperança, por lei, não é obrigada a possuir médicos ou fazer uso de remédios. Ainda assim, a instituição possui um consultório odontológico, doado por uma dentista.
“O equipamento é de última geração. Mas por conta do trabalho e das viagens que ela precisa fazer, não pode realizar o atendimento. Só temos um dentista voluntário da área indígena que vem uma vez por mês. Se tivesse algum voluntário para pelo menos uma vez por semana seria muito bom”, frisou Figueiredo.
PARCERIAS – A Fazenda Nova Esperança, por ser uma entidade sem fins lucrativos, presta contas rigidamente com o Ministério Público do Estado de Roraima (MP-RR). Para ajudar ou apoiar, os interessados podem doar a quantia que quiser por meio de depósito na conta corrente: 44665-3, agência: 2617-4, Banco do Brasil, e/ou doar materiais necessários para a realização das atividades e alimentos. (A.G.M)