“Eu acho que quando temos fé em Deus e consciência do que procuramos fazer pelo nosso Estado, tudo se resolve. Eu acreditava que voltaria, mas foi Deus mesmo quem fez acontecer”. Com esse depoimento, o deputado Joaquim Ruiz (PTN) foi empossado nesta terça-feira, 14, na Assembleia Legislativa de Roraima. Esse é o segundo mandato de Ruiz, que já fez parte da 6ª legislatura (2011-2014).
No discurso, o parlamentar afirmou que vai olhar para o futuro e sua prioridade será o projeto de implantação do curso de Medicina na UERR (Universidade Estadual de Roraima), uma antiga bandeira sua. Ele assumiu a vaga do então deputado Chico Guerra (Pros), que teve a cassação de sua candidatura confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por envolvimento no “caso gafanhoto”. Ruiz foi o autor da ação contra Guerra.
“Estou voltando e minha prioridade será a implantação do curso de Medicina da UERR [Universidade Estadual de Roraima], com 40% das vagas destinadas para o interior”, ressaltou Ruiz, dizendo que a implantação do curso seria uma forma de dar oportunidade aos estudantes do interior de e aos da Capital, que precisam fazer esse curso no Estado. “Até porque, o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] é cruel, pois não beneficia os que mais precisam”, frisou.
VAGA – O ex-deputado Chico Guerra não esteve presente na posse. Ele teve o registro da candidatura cassado pelo TSE sob acusação de participação no “caso gafanhoto”, como ficou conhecido o esquema de desvio de dinheiro por meio de contratação de servidores fantasmas.
Sobre o fato de ter dito, em seu discurso, que não foi o responsável pela saída do ex-deputado Guerra, Joaquim Ruiz explicou que fez isso por uma “questão de ética”. “Eu não ia entrar numa coisa que eu não tinha ganhado. Quem entrou foi o MPE [Ministério Público Eleitoral]. Eu fui o 14º deputado mais votado do Estado, mas na minha coligação o Chico esteve na minha frente”, comentou.
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O presidente da ALE, deputado Jalser Renier (SD), afirmou em seu discurso que ele sempre será lembrado como o 15º deputado da Assembleia, mas descartou a possibilidade de Guerra assumir um cargo na ALE.
“Não podemos esquecer o que ele representa para esta Casa e o trabalho imenso em prol deste Estado. Infelizmente, por ter seus direitos políticos cassados, não pode assumir cargo público, pois, se pudesse, estaria aqui como superintendente por conta de sua competência e honestidade”, disse.
Para ele, Chico Guerra tem uma relação muito boa com as pessoas e transita muito bem tanto na situação quanto na oposição. “Foram sete mandatos sem nunca ter conhecido uma derrota nas urnas, e isso significa o reconhecimento do povo pelo seu trabalho e responsabilidade com a democracia do Estado”, frisou o presidente.
Renier disse que Joaquim Ruiz é uma pessoa muito respeitada e que “veio para somar por ser um deputado atuante e por ter o respeito da Casa Legislativa”. “Ele tem uma história de trabalho e de responsabilidade com este Poder e com o Estado por ser um parlamentar democrático, assim como é esta Casa”, frisou.
