Cotidiano

Enfermagem ameaça retomada de greve

Paralisação de advertência será feita em 7 de junho, quando serão cobrados melhorias nas condições de trabalho, progressões e auxílio alimentação

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Após realização de assembleia ordinária, na tarde de ontem, na sede da Central Única dos Trabalhadores em Roraima (CUT-RR), no bairro Buritis, zona Oeste da Capital, trabalhadores filiados ao Sindicato dos Profissionais em Enfermagem de Roraima (Sindpef) aprovaram a retomada da greve geral, no Estado. De acordo com o presidente da entidade, Melquizedek Menezes, foi decidido que a categoria realizará uma paralisação de advertência de 24 horas no dia 7 de junho. O ato deverá atingir todas as unidades da Capital e interior.

“A decisão foi um consenso da grande maioria dos membros do sindicato, visto que parte dos acordos estabelecidos com o Governo do Estado não foi cumprida de forma pontual”, ressaltou o sindicalista, acrescentando que 72 horas depois do ato, no dia 10, todos os servidores paralisarão atividades por tempo indeterminado.

Membro do conselho de classe e negociação do sindicato, Roberto Morais, disse que toda categoria está insatisfeita com a maneira como o governo tem lidado com a situação. Segundo ele, as reivindicações não atendidas incluem não pagamento de 12% que o governo se comprometeu em pagar em fevereiro deste ano, enquadramentos dos profissionais de enfermagem, pagamento de progressões e pagamento de auxílio alimentação.

“No ano passado, a própria governadora [Suely Campos, do PP] disse que, se houvesse o pagamento de auxílio alimentação para uma categoria, esse benefício também teria que ser estendido para as demais. E a gente acha estranho que, nesse governo, ela concede o benefício somente para os agentes penitenciários”, frisou.

Outro ponto discutido é a situação de improviso, a que muitos servidores da saúde têm se submetido diariamente. Segundo o sindicalista, falta de materiais nas unidades de saúde tem dificultado a boa prestação de serviços para a população. “Desde junho do ano passado, o governo não vem cumprindo, na íntegra, os acordos firmados com a categoria. A única coisa que eles cumpriram foi a convocação de profissionais para suprir a demanda de pessoal, dentro das unidades de saúde. Nós entendemos que, quando o governo não cumpre o seu papel, a única medida que temos é paralisar as atividades, principalmente por conta de não termos condições dignas de trabalho”, destacou.    

GOVERNO – Questionado sobre a decisão da categoria, o Governo do Estado disse que só irá se manifestar quando for comunicado oficialmente pelo Sindpef. (M.L)

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