Cotidiano

Paciente está na fila do SUS há dois meses

Além do período de espera, desde que foi encaminhado para o SUS, o exame foi agendado somente para o mês de julho

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O professor da rede municipal, Adonai Gomes, descobriu há dois meses a necessidade de realizar uma Tomografia de Coerência Óptica (OCT). Encaminhado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em março de 2016, ele completou ontem dois meses de espera para a confirmação de agendamento do exame. “Depois de muitas idas ao SUS e ligações para a sede, um agendamento foi marcado para julho, porém não está liberado e nem há previsão”, disse à Folha.

O exame OCT é o único capaz de ver detalhadamente, em três dimensões, a retina e o nervo óptico, sendo fundamental para o diagnóstico precoce e  controle de progressão de doenças oculares. “Eu consultei clínicas particulares aqui, na cidade, e em Manaus (AM). Em Boa Vista, ele custa cerca de R$700,00. Em Manaus, o preço é mais baixo, mas o valor que se paga para a viagem não compensa. É muito difícil para um cidadão comum tirar essa quantia em um mês, mesmo para realizar um exame”.

Usando óculos há pouco mais de dois meses pelo problema na retina esquerda, Gomes precisa realizar o exame para a finalização do diagnóstico. Em virtude da obrigação, desloca-se duas vezes por semana ao SUS buscando um novo posicionamento para a situação durante suas folgas matinais, sem obter sucesso. Ao paciente é dito que não há liberação ou previsão, mesmo com um agendamento marcado para o dia 4 de julho de 2016.

“Não estou criticando e nem quero criar confusão, mas gostaria de um esclarecimento não só para mim, mas para todos que também passam por isso. Não é algo de outro mundo, mas a gente precisa que a saúde pública funcione, que melhore constantemente. A fila no SUS tem aumentado bastante nos procedimentos oftalmológicos”, informou.

SESAU –  O Governo do Estado informou, em nota, que o exame Tomografia de Coerência Óptica está sendo ofertado normalmente na rede pública e que já estão tentando resolver a situação do paciente. “Ocorre que se trata de um exame regulado, ou seja, está sujeito à definição de prioridades de saúde, levando-se em conta os casos em que há real necessidade e o orçamento disponível”, frisou.

“Informamos que a rede de atendimento na área de oftalmologia foi toda reformulada, desde 2015, para garantir o acesso às consultas e exames para todos que precisam. O Estado recentemente fez a aquisição de um microscópio de retina, com investimento de R$ 400 mil, proveniente de recursos próprios. O equipamento já foi instalado no Hospital Geral de Roraima (HGR) e, com esta aquisição, o Estado deixará de enviar pacientes com indicação cirúrgica de retina para fora do Estado”, complementou.

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