Uma situação, no mínimo, estranha deixou a mãe de uma criança de 4 anos em alerta para a existência de possíveis seqüestradores de crianças agindo nos centros comerciais de grande movimentação de pessoas aos finais de semana.
Segundo a denunciante, que preferiu o anonimato, depois de contar a sua história para outras mães acabou descobrindo que situações parecidas haviam acontecido com outros pais de crianças menores de 10 anos.
O caso aconteceu no mês passado em um dos shoppings da cidade. A mulher contou que foi com a filha ao centro comercial apenas para fazer um lanche e voltar logo para casa. Na praça de alimentação do shopping, a denunciante tirou a filha de um carrinho e a colocou sentada à mesa com o lanche.
“Eu me virei para pagar a comida e ela ficou sentada na mesa. Foi tudo muito rápido. Quando eu voltei o olhar para trás, minha filha estava descendo dos braços de uma mulher, vestida de branco, e fiquei tão nervosa que só pensei em chamar minha filha de volta para perto de mim. Eu não olhei pro rosto da mulher”, relembra.
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A denunciante contou que a mulher de branco estava agachada numa distância de mais ou menos cinco metros da mesa. “Ela não se aproximou da mesa, como faria alguém que realmente me conhecesse ou alguém que quisesse apenas cumprimentar uma criança. Ela ficou um pouco de longe e chamou minha filha, que me contou que a mulher havia lhe pedido um abraço”, relata.
Ela lembra que ao se virar para conversar com a mulher, para chamar-lhe atenção, o nervosismo dela aumentou porque a pessoa simplesmente havia sumido. “Ela desapareceu. E foi outra coisa que me desesperou porque se ela fosse alguém do bem teria conversado. Ela desapareceu como se estivesse fugindo”, analisa.
A mulher até conversar com a reportagem da Folha ainda não havia procurado a polícia para fazer um registro de ocorrência. “Mas já entrei em contato com o Núcleo de Proteção da Criança e do Adolescente e saindo daqui vou lá fazer a denúncia porque não eu não vou me calar só porque minha filha não foi levada. Se a gente ficar calada, essas pessoas podem continuar agindo e amanhã pode ser o filho de outra pessoa”, alertou.
A Folha procurou o Governo do Estado para saber se havia alguma investigação na Polícia Civil sobre a suspeita de rapto de crianças em Boa Vista. De acordo com a Secretaria de comunicação, até o momento não há nenhuma investigação nesse sentido. Mas a Secretaria orientou que qualquer suspeita de seqüestros de crianças, os pais podem procurar um Distrito Policial para fazer um boletim de ocorrência.
