Menos blá-blá-blá e mais açãoO tambor vinha sendo tocado há muito tempo dentro dos presídios. Os recados vinham sendo dados de dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Mas ninguém quis ouvir o chamado de alerta. Se as autoridades ouviram, fingiram que não era com elas. Estavam preocupadas com suas reeleições, com licitações e acordos particulares ou de grupos.O problema é que só fingiram que estavam fazendo algo. Audiências públicas, seminários, audiências e workshops não faltaram. Muito se falou, muito se reuniu com cafezinho, água, lanches, ar-condicionado e blá-blá-blás. Mas, logo depois, o silêncio; não o silêncio dos sábios para refletir e agir, mas para se esquivar e enganar.Na Pamc, em Roraima, de tanto o tambor tocar, a guerra eclodiu, chamando a atenção do país de que tudo está errado e que todos se omitiram (ou quase todos, pois um deputado andava alertando em um programa de TV que tragédias iriam ocorrer, mas ninguém o ouviu e o chamavam de “defensor de bandidos”).Quando as cenas de carnificina e horror estarreceram o Brasil, então começaram os discursos repetidos de “herança maldita”, “estamos agindo”, “bem que alertei”. Desta vez, em vez do silêncio, o barulho da incompetência. Surgiu, recentemente, até secretário defendendo pena de morte para líderes de facção, com anuência do Congresso, como se isso fosse resolver a questão.Mais blá-blá-blá, mais engodo. Até paranoia surgiu nesse bolo indigesto, com a autoridade teorizando que estaria surgindo um “novo modelo revolucionário” que visa tomar os poderes constituídos. São mentes anestesiadas que estão no comando, por isso chegamos a esse caos a partir dos presídios brasileiros.Nossos poderes constituídos já estão tomados por bandidos, obviamente com suas exceções. É só puxar a ficha dos parlamentares no Congresso Nacional e dos ministros que comandam a Nação, além de secretários estaduais, municipais, vereadores e outras autoridades, inclusive no Judiciário.O que precisamos é de um pacto da sociedade, sem demagogia dos políticos, sem gente pensando na próxima eleição, sem loucos paranoicos que, em vez de proporem remédios para atacar os problemas, ficam querendo seguir as mesmas leis dos presídios: a da trucidação e decapitação.Existem estudiosos e grupos não governamentais com estudos e sugestões prontos, mas que nunca são postos em prática porque essa política dominada pela corrupção e incompetência não deixa, não permite um pacto em favor do Brasil. É preciso parar com esses discursos ocos e tresloucados. O momento é de união de todos. Os presídios já provaram que todos são incompetentes e que estamos impotentes. É hora de agir.*[email protected]: www.roraimadefato.com
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Jessé Souza
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