O homem forteO Estado de Roraima é o mais pobre de todos, isolado no extremo Norte do Brasil, com sua população submetida a um altíssimo custo de vida e dependendo do humor dos governos e governantes, uma vez que a economia que move tudo por aqui é a do contracheque chapa-branca. É difícil até sair daqui, pois o preço da passagem aérea é a peso de ouro. Quem não tem dinheiro necessariamente é obrigado a se submeter a 12 horas dentro de um ônibus em direção a Manaus (AM), para de lá conseguir uma passagem aérea mais em conta para o bolso de um pai de família que mora em um Estado onde sequer existe uma matriz energética.Sem energia confiável, não há empresas interessadas em investir, o que significa uma população refém de políticas de governos que só defendem os interesses de grupos e dos corruptos que se apossaram do poder. E não há interesse em resolver a questão energética porque é a partir dela que o Estado começaria a sair dessa política de curral.Não se tem como negar a falta de interesse, principalmente porque o eleitor roraimense tem mandado para Brasília o maior articulador político de todos os tempos, o senador Romero Jucá (PMDB). É tão articulador que se torna líder de qualquer governo e está metido em todas as negociações polêmicas do momento. É considerado o homem forte de Temer. Porém, forte apenas para os interesses dele e de seu grupo aqui e em Brasília. Nunca mostrou ser forte para o Estado de Roraima. Sempre foi assim, desde que foi indicado vice-líder do governo Fernando Henrique Cardoso. Também foi forte no governo Lula, em 2005, quando ocupou por três meses o cargo de ministro da Previdência Social. Foi exonerado por pressão, quando começou a ser citado na mídia. Porém, ainda assim, Lula o nomeou, no ano seguinte, líder de seu governo, cargo que manteve ainda no governo de Dilma Rousseff até março de 2012. Mostrando-se um político hábil, a ponto de transitar em todos os governos, esse “homem forte” nunca usou todo esse contorcionismo por Roraima e seu povo. O poder é tanto que ele ainda é alvo de várias citações no Supremo Tribunal Federal (STF), mas nada o acontece, ainda que seu nome apareça em delações e processos sobre lavagem de dinheiro, corrupção passiva, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e outros.Tão forte que está por trás de tudo, que vai da PEC 55 (chamada de PEC da Morte) ao esquartejamento do projeto sobre combate à corrupção. Tudo tem o dedo dele. Menos o dedo apontado para solucionar os grandes problemas de Roraima. É por isso que patinamos nesse sofrimento sem fim, dependendo de migalhas do Governo Federal e sem perspectiva de sairmos das mãos dessa política que enriquece alguns e empobrece cada vez mais o povo.*[email protected]: www.roraimadefato.com
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