Super-herói da vezNão faz muito tempo, o “japonês da Federal” foi eleito pela opinião pública com símbolo contra a corrupção no Brasil da Lava Jato. Bastou, como um funcionário público no exercício de sua função, aparecer conduzindo presos do mais alto escalão da política para que logo ganhasse fama.Porém, não demorou muito para se descobrir que esse símbolo criado por uma exposição na mídia era uma farsa, pois ele também era um enredado com a Justiça e estava sendo beneficiado pela morosidade do Judiciário, a mesma que beneficia políticos corruptos no país. Mas era tarde. Ele já havia ganhado marchinhas e máscaras de Carnaval. Era venerado tanto por extremistas de direita quanto pelo povo que achava que ele realmente poderia ser o super-herói da vez. Representava um pensamento de que, quando aparecesse, era porque algum poderoso iria ser preso (um poderoso do PT, diga-se passagem, nunca do PMDB, do PSDB ou do PP).O brasileiro tem essa cultura de eleger ídolos do momento, do The Voice, do BBB, do Jornal Nacional, do Fantástico, da novela das 8 (nem sei mais se é neste horário mesmo), dos noticiários internacionais… enfim, de tudo aquilo criado pela mídia ou repercutido por ela a partir das redes sociais.O The Voice é um caso curioso. O artista está batalhando em seu Estado há muito tempo, cantando na noite, no barzinho, na casa de show, na praça, na rua, mas não tem o reconhecimento do público e da mídia locais. Porém, precisou aparecer no The Voice para ver sua vida mudando. E assim vamos construindo nossas vidas, depositando nossa fé e confiança em pessoas, em imagens, em criações da mídia, em discursos que coloca o outro sempre na condição de inimigo, em desesperança como modo de vida em relação à política e à sociedade. A eleição do magnata Donald J. Trump nos Estados Unidos, reascendeu o movimento do “bolsanarismo” aos moldes de um “ídolo”, “símbolo” ou “super-herói”. Mas todos já esqueceram que o símbolo da vez, o “japonês da Federal”, era apenas um “ouro de tolo”, assim como qualquer construção do imaginário midiático ou do espetáculo trompista. E assim querem cultuar Bolsonaro como a nova imagem de extrema direita que poderia consertar o Brasil, tudo isso na onda do “trumpismo”. Para uns, não se trata apenas de “modismo”, e sim política extremista contra tudo aquilo conquistados até pelo mais pobres. Mas, como tudo no Brasil vira um culto a pessoas e a imagens, o povo pode achar que realmente o “bolsonarismo” seria a solução para o que estamos passando. E esquecem que os mais pobres estão caindo numa armadilha difícil de se escapar depois. Prestem atenção o que vai acontecer com esse governo do Temer e sua MP 241, que agora é MP 55. Vão terminar de lascar os pobres e os ricos continuarão cada vez mais ricos.*JornalistaAcesse: www.roraimadefato.com/main
Mais Colunas
Mais artigosCOLUNA PARABÓLICA
Indicação de Mecias ao TCE começa a andar na Assembleia
Coluna desta terça-feira (19) ainda repercute a estratégia do Governo para tentar minimizar um conteúdo explosivo que sairá nos próximos dias em rede nacional
Shirley Rodrigues
Ministério do Desenvolvimento Agrário lançará em Roraima o Novo Plano Safra
O lançamento oficial do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026 no estado de Roraima, acontece na quarta-feira, 20, a partir das 9h na sala de cinema do Centro Amazônico de Fronteiras – CAF/URRR. O Plano inclui linhas de crédito, incentivos à produção agroecológica, assistência técnica e ações para a segurança alimentar e nutricional das comunidades do campo.
OKIÁ
Do natural ao cultural
Nesta edição, tem uma história de empreendedorismo feminino: uma paixão por ervas e cuidados naturais que deu origem a um negócio com alma e propósito. Também tem celebração em clima de gratidão com um ensaio especial entre amigas e clientes de longa data, além de chá revelação com toque country e muita fofura. Para completar, frio e neve nos Andes e uma programação imperdível de cultura, lazer e bem-estar que vai movimentar o interior de Roraima!
AFONSO RODRIGUES
Transfira a felicidade
“A pessoa que concede uma bênção tem uma força de caráter interior. Conceder uma bênção ajuda a desenvolver esse caráter, ao mesmo tempo que o reflete”. (Catherine E. Rollins)