Apenas um sonhoEm 2004, quando estive em Seattle (EUA), visitei o Parque Nacional Olympic, onde pude não somente apreciar a exuberante natureza daquela região, mas também observar a estrutura disponibilizada aos turistas que por lá se aventuram. Naquela época, eu não tinha pretensão alguma de criar um site voltado às belezas naturais de Roraima, como tenho hoje, o Roraima de Fato (www.roraimadefato.com). Mas aqueles passeios em Seattle e em outras cidades do Novo México, Oklahoma, Califórnia e até mesmo Whasignton-DC, me animaram a fazer algo para mostrar as belezas de nosso Estado, mesmo sabendo que seria inimaginável ter uma estrutura a altura do que vi por lá, na área de turismo. Não fui fazer turismo, e sim um intercâmbio profissional e cultural voltado ao jornalismo, mas a oportunidade que eu tinha não hesitava em fazer passeios nas horas vagas, economizando dinheiro do intercâmbio para conhecer os pontos turísticos e ver a estrutura proporcionada ao visitante. Mesmo em um ponto remoto, no Olympic National Park, em Seattle, sempre havia informações e pontos de apoio. No meio do “nada”, quer dizer, no meio da floresta, me deparei com um banheiro público. Sim, além de as trilhas serem sinalizadas e com informações até para acionar um helicóptero em caso de emergência, havia um banheiro para que as pessoas não fizessem suas necessidades em qualquer lugar.Tudo era pensado, da informação fixada em placas ao longo das trilhas à emergência em caso de imprevisto, da sinalização do trajeto a um banheiro rústico, mesmo que fosse na beira de um penhasco. Tudo aquilo, de alguma forma, me deu uma injeção de ânimo para conhecer melhor meu Estado e compartilhar essas informações com o público, como faço hoje. Ao retornar para casa, mantive essa ideia fixa na minha cabeça até concretizar o projeto, hoje mantido com meus próprios recursos e com um apoio importante da Faculdade Chatedral, que decidiu apostar neste meu sonho pessoal de um montar o maior banco de informação sobre Roraima, construindo aos poucos, a cada viagem e a cada aventura, sem pressa e sem devaneios. Mas é inevitável comparar o que vi, nos EUA, com o que estou vendo nos confins de Roraima: aqui não há estrutura mínima para quem quer conhecer o Estado. Há mais informação e mais estrutura para quem for conhecer a Gran Sabana, na vizinha Venezuela, do que a quem for a um ponto turístico importante no Estado, como a Serra do Tepequém.Há um desleixo completo das autoridades locais, que pregam propagandas enganosas sobre o turismo, deixando as pessoas que vivem desse setor na amargura, sem ao menos estradas decentes. Mas o caminho é longo e a estrada esburacada. O turismo é feito por sonhadores. Vamos sonhar então… porque do governo não se espera mais nem salário… *[email protected]
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