Saúde e Bem-estar

Pediatra tira dúvidas sobre cólicas do bebê

Exercícios, banhos e massagens podem ajudar o seu bebê a enfrentar as crises de cólica, típicas dos primeiros meses

O bebê está bem agasalhado, bem alimentado e com a fralda seca e, ainda assim, chora num tom estridente avisando que algo não vai bem? Nessa hora, você tem bons motivos para desconfiar de uma crise de cólica. O termo é usado para as dores e desconforto que os bebês enfrentam nos primeiros meses de vida. De acordo com a pediatra Ana Carolina Brito, os primeiros sintomas são de choro intenso com duração de cerca de três horas seguidas. Cerca de 20% dos bebês irão apresentar sintomas de cólica ao longo do primeiro semestre de vida.

“O bebê não aceita o consolo, as cólicas costumam surgir a partir da segunda a terceira semana de vida, em bebês que nasceram no tempo certo e nos prematuros, cerca de duas a três semanas após a data prevista para o parto”, explica.

O choro faz parte do comportamento normal do bebê e pode indicar fome, sono, cansaço, fralda suja… E cabe aos pais tentar identificar a causa do choro e acalmar o bebê. “Quando o neném tem suas necessidades atendidas e ainda assim não se acalmar no colo, os pais devem ficar atentos as cólicas”, explica.

Segundo a pediatra, geralmente o choro de cólica surge no fim da tarde ou noite. “Acredita-se que a cólica surja pela imaturidade do sistema digestivo do bebê, que pode sentir dor ao digerir o leite materno ou fórmula láctea. A incidência de cólica é maior em bebês que convivem com fumantes e diminui entre aqueles que dormem em rede”, relata.

Ainda assim, os pais devem ficar atentos aos sinais e procurar o pediatra para descartar alergias ou intolerâncias alimentares, avaliar as mamadas e descartar outras patologias que possam causar o choro do bebê.

“No caso de bebês que estão sob aleitamento materno exclusivo, é preciso observar a pega do seio materno, para que o bebê não engula ar durante as mamadas, o que pode causar dor, levando ao choro. A mãe deve evitar fumar e ingerir em excesso alimentos que possam causar alergia ou intolerância alimentar, como: leite, trigo, ovos, nozes, castanhas, cafeína e chocolate”, explica a médica.

No caso de bebês que recebem fórmula láctea, deve ser observado o bico da mamadeira, para que ele não engula ar, além da tolerância da fórmula oferecida. “Muitas vezes deve ser prescrita fórmula especial, mais fácil de ser digerida”, ressalta.

Outra dica importante aos pais, é que eles sempre devem consolar, acalentar e tentar acalmar o choro, para manter o bebê em contato com o próprio corpo e utilizar de massagens leves. Movimento de bicicleta com as perninhas e bolsas de água morna também costumam ajudar.

“O banho morno também é eficaz. Reduzir estímulos como barulhos, luminosidade e excesso de manipulação ajuda, principalmente os bebês que choram por imaturidade neurológica”, finaliza a médica.

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