Governo diz que disponibiliza auxílio-funeral, mas famílias não querem enterro em Roraima

A FolhaWeb noticiou na última sexta-feira, dia 6, que sete corpos de venezuelanos, mortos de forma violenta ou por causas naturais, dentre eles o corpo de um bebê, aguardavam no IML (Instituto Médico Legal), as famílias para a liberação para sepultamento. No entanto, a expetativa é que os corpos sejam enviados para o cemitério público com a informação de identificação ignorada, devido dificuldades para retirada, apresentadas pelos parentes.

O motivo é a falta de condições das famílias para realizar o repatriamento dos corpos, visto que elas têm preferência para que o sepultamento seja realizado no país de origem. Para este processo, os custos são altos e o Consulado Venezuelano não teria recursos para ajudar.

No entanto, esta semana, a Direção do IML informou que dos sete corpos que ocupavam as câmaras geladas no local, apenas quatro estão na unidade aguardando liberação.

No caso de um deles, o patrão no Brasil se responsabilizou por providenciar o enterro e aguarda a família para liberar. Outro, os parentes se responsabilizaram em providenciar a documentação para prosseguir com o sepultamento, porém, ainda não foi apresentada.

Segundo informações da Direção do HGR (Hospital Geral de Roraima), que cuida dos casos de morte natural, somente a família é responsável pela liberação do corpo e apenas em situações quando isso não é possível, o Serviço Social da Unidade solicita autorização judicial para fazer o sepultamento.

Já segundo informações Direção do IML, a política do instituto é dar agilidade ao processo de sepultamento. Neste sentido, a partir do momento que o corpo tem condições de ser entregue à família, o processo de liberação é imediato.

AUXÍLIO FUNERAL – O Governo do Estado possui um Programa Social de Auxílio Funeral para famílias com baixa renda para enterro de parentes no município de Boa Vista, porém o translado fúnebre internacional não é de competência do Executivo Estadual.

Para ter acesso ao benefício, é necessário efetuar o pedido no DPSB (Departamento de Proteção Social Básica), na Setrabes (Secretaria Estadual de Trabalho e Bem Estar Social).

A gestão da secretaria garante que não há distinção de nacionalidade, mas a família atendida deve atender aos pré-requisitos que caracterizem a situação de vulnerabilidade, verificada em triagem social ou, em caso de falecimento no HGR, pelo Serviço Social da unidade de Saúde.

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