Parabólica

Parabolica 23 08 2017 4637

Bom dia,SOFÁO anúncio feito pelo Ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, de que o governo Michel Temer (PMDB) vai privatizar a Eletrobrás, parece aquela história do marido traído que, para evitar a continuidade da infidelidade praticada na sala, resolve vender o sofá. Ora, boa parte da gigantesca dívida daquela estatal federal foi construída pelo colossal esquema de corrupção ali montado desde que o controle do setor elétrico brasileiro foi entregue há mais quinze anos ao PMDB. Assim, antes de tentar vender a Eletrobrás, o governo teria de passá-la a limpo, mandando para cadeia os canalhas que a saquearam.IRREGULARIDADEPor whats, a Parabólica recebeu a denúncia de que uma importante instituição de ensino à distância, que mantém cursos presenciais em Roraima, está com situação irregular no Conselho Regional de Serviço Social. Por causa da situação, o estágio dos alunos de Serviço Social, matriculados naquela instituição, foi simplesmente cancelado.  É grande a revolta entre eles.NOTAQuem conhece o ex-secretário estadual de Fazenda, Leocádio Vasconcelos, atual diretor-geral da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), sabe que ele não é de levar desaforo para casa. Ontem, ele divulgou uma nota aqui, na Folha, esclarecendo e protestando contra uma decisão judicial que bloqueou todos seus bens e suas rendas, sem lhe dar qualquer oportunidade de defesa, por conta daquelas famosas aplicações financeiras do Instituto de Aposentadoria de Roraima (Iperr), na gestão do ex-presidente Rodolfo Braga, durante o governo de José Anchieta Júnior (PSB). Leocádio era, na época, do Conselho de Administração do Iperr devido a sua condição de secretário de Fazenda.COMPETÊNCIAÀ Parabólica, Leocádio Vasconcelos disse que, como membro do Conselho de Administração, nunca participou de qualquer decisão sobre a política de aplicação financeira do Iperr, cuja competência era da Diretoria Executiva e do Comitê Gestor de Aplicação. Mesmo assim, foi alcançado pela decisão judicial, por pedido do Ministério Público Estadual (MPE), sem até agora ter o direito constitucional do contraditório. A situação trouxe enorme constrangimento ao ex-secretário que teve, inclusive, proibido o direito de utilizar o próprio veículo.ATIRANDOBem ao seu estilo, o ex-secretário Leocádio Vasconcelos não poupou críticas aos seus denunciadores ao lembrar que tem agente público contra quem ele próprio já denunciou a prática de enriquecimento ilícito e de esbanjamento de dinheiro público em viagens internacionais, sem que até hoje tenha sido aberto qualquer procedimento apuratório. “E eu sei por que tudo isso foi arquivado. Muita gente também sabe da concessão de emprego a familiares com salário de R$10 mil. Eu tenho uma vida de serviços prestados a Roraima nas várias funções que já ocupei, sempre com absoluto respeito a coisa pública, e não permitirei ofensa à minha honra”, disse. De fato, ele tem uma legião de admiradores.NOVO CENÁRIOA notícia de que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a sentença condenatória do Tribunal Regional Federal (TRF), da 1ª Região, contra o deputado estadual Jalser Renier (SD), presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), caiu como uma bomba nos meios políticos locais. Além de interromper a prisão no regime semiaberto, que vinha sendo cumprida pelo parlamentar, a decisão do STF restabelece os direitos políticos de Jalser Renier, garantindo-lhe a condição de elegibilidade nas próximas eleições de 2018. E isso muda radicalmente o cenário para as próximas eleições.LIDERANÇAÉ conhecida a forte liderança do deputado estadual Jalser Renier entre seus pares que compõem hoje um sólido grupo de 16 parlamentares, com tendência, segundo fontes da Parabólica, de ser ampliado, muito em breve, para 18. Vários desses deputados estaduais nunca esconderam o desejo de fazer de Jalser Renier o candidato do grupo ao governo estadual em 2018, e só esperavam que ele conseguisse reaver seus direitos políticos, o que aconteceu ontem com a decisão da Segunda Turma, por unanimidade do STF. A consequência política natural nesse novo cenário será o lançamento da candidatura dele ao governo estadual em 2018. PERDEMUm arguto observador da cena política local disse à Parabólica que uma eventual candidatura de Jalser Renier ao governo estadual explica por que isso muda o panorama daquelas eleições. “Pelo que se ouve nos bastidores, o grupo majoritário dentro da ALE vai negociar posições com o senador Romero Jucá [PMDB]. Em troca de apoio a sua reeleição ao Senado Federal, esses deputados vão exigir que Jucá venha apoiar Jalser ao governo. Dificilmente Jucá poderá recusar essa negociação, o que inevitavelmente retira do jogo sucessório estadual a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita [PMDB]. Também vejo como quase inviável igualmente a pretensão do ex-governador Anchieta Júnior [PSDB] de voltar ao Palácio Senador Hélio Campos. Ele não teria base política para tal”, disse o observador.ZEEAlém de não ter renovada sua cedência ao governo estadual pela Embrapa, o que lhe impediu de continuar coordenando os estudos do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Roraima (ZEE/RR), o ex-diretor presidente do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Roraima (Iacti), Daniel Gianluppi, vai responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por supostas irregularidades na realização de licitação pública para a contratação de empresa especializada na elaboração de Estudos, Relatórios e Mapas Temáticos para subsídio da 1ª Etapa do ZEE/RR. Quem conhece aquele técnico o tem como sério e competente.