Parabólica

Parabolica 06 04 2017 3879

Bom dia!As Olimpíadas de Matemática foram uma das mais importantes iniciativas feitas no âmbito do Ensino Médio brasileiro. Centenas de talentos juvenis foram reveladas nas várias rodadas dessa maravilhosa competição, alguns dos quais restaram contratados por universidades conceituadas do primeiro mundo. O mais espetacular desse programa é que ele custa muito pouco aos cofres públicos, pois suas despesas se resumem ao pagamento de bolsas a professores orientadores, e de passagens para levar os participantes aos locais de competição e, antes, ao Palácio do Planalto onde os finalistas recebiam uma premiação quase simbólica. Quase nada, em comparação ao benefício que o programa traz para o País e a sua juventude.

Pois bem, num País onde bilhões de reais são roubados todos os dias, e com outros tantos bilhões jogados em obras superfaturadas e inacabadas, o Governo Federal, através do Ministério da Educação, anuncia que por causa da falta de verba, as Olimpíadas de Matemática vão acabar. É difícil acreditar num País, cujo governo seja tão tolerante com a corrupção, e que paga todos os anos mais de R$ 400 bilhões de juros ao sistema financeiro nacional e internacional, que não tenha recursos para apoiar seus maiores talentos juvenis, alguns poucos milhões de reais. É duro saber disso, mas infelizmente é a realidade. Pobres os brasileiros e as brasileiras, também responsáveis por essas coisas, afinal, esses maus políticos são eleitos pelo voto dessa gente que é, ao mesmo tempo, vítima e culpada. DESAUTORIZAO chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, o deputado estadual licenciado Oleno Matos, disse à Parabólica, ontem à tarde, que nunca autorizou ninguém a usar o seu nome para qualquer iniciativa que vise a invasão de terras públicas ou privadas. Oleno teve seu nome citado por alguns líderes desses movimentos e, embora seja originalmente Defensor Público, entende que é possível que o poder público promova programas de habitação, para acomodar pais e mães de famílias que, decididamente, precisam de moradia.INVASÃOEssa invasão promovida em terras privadas nas imediações do Haras Cunhã Pucá, no município do Cantá, ainda vai dar muito que falar. Circula entre os invasores um Contrato de Venda da área objeto da invasão absolutamente nulo. Essa parcela de terra, com pouco mais de 567ha, está em indisponibilidade – isto é, não pode ser negociada-, desde 2014, por decisão da Justiça Federal de Primeira Instância de Roraima. Ademais, o contrato é presumivelmente assinado por alguém que não representa legalmente a empresa, em cujo nome está matriculada àquela propriedade no Cartório de Imóveis. É muita confusão.YAWARAUma matéria publicada ontem, cá na Folha, deveria ser lida com bastante atenção. Trata-se de uma reportagem que retrata a situação financeira da organização não governamental Yawara, que se dedica a recolher animais, especialmente cães, abandonados nas ruas de Boa Vista. A dívida da instituição é uma merreca de quatorze mil reais, muito pouco para a importância do trabalho realizado. Aliás, fica aqui a sugestão para que, algum órgão público, principalmente da esfera municipal, saia no socorro àquela ONG. O que não dispensa a contribuição popular que venha a ser feita.TERCEIRAEste dado estatístico é muito interessante. Boa Vista é a menor das capitais estaduais do Brasil, e Roraima o menor dos estados brasileiros em termo populacional. Apesar disso, o Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth é o terceiro hospital/maternidade público do país em número de nascimento de bebês. Mesmo levando em conta que a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth é a única dessa especialidade em Roraima, os números são expressivos. Será que as roraimenses decidiram contribuir para o necessário crescimento populacional do estado?PRESSABem que a Parabólica avisou que a declaração do geólogo Ademir Passarinho, coordenador do grupo de elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), informando que não havia prazo para a conclusão do trabalho, tinha desgostado alguns setores governamentais. Ontem, quarta-feira, a governadora Suely Campos (PP) chamou todo mundo ao Palácio Hélio Campos e determinou o prazo máximo de 90 dias para a apresentação do relatório final. E fez mais, encarregou à Casa Civil do governo de cobrar resultados semanais do andamento dos trabalhos. Suely quer resolver o ZEE-RR ainda este ano.ATÉ ISSOE não falta nada mais acontecer nesse Senado Federal de tanta gente citada em processo de corrupção. Os senadores estão incomodando a Justiça até com briga doméstica. E não é que o Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e relator da Lava Jato teve de parar os trabalhos mais importantes para proibir o senador gaúcho Lasier Maia (PSD) de ficar em casa com sua esposa que o acusa de agressão? Isso é um exemplo incontestável de que essa história de foro privilegiado é um achincalhe nacional. O senador nega a acusação que lhe faz a esposa. Absurdo! Como imaginar que uma briga de casal seja levada a Suprema Corte de Justiça do País?