Opinião

Opiniao 30 07 2018 6659

O Rio de Janeiro sob o controle das facções criminosas, até quando? – Júlio César Cardoso*

Mais uma inocente vítima morre em consequência do estado de insegurança por que passa o Rio de Janeiro. Agora foi o adolescente Marcos Vinícius da Silva, de 14 anos, baleado durante tiroteio no Complexo da Maré, onde houve protestos de moradores, ataques a ônibus, confronto com policiais e interdições de avenidas importantes. Deveria ser decretado pelo Congresso Nacional, por solicitação do presidente da República, o estado de sítio no Rio de Janeiro, para os militares cumprirem as suas missões.

A intervenção federal na segurança pública do Rio – uma espécie de quase estado de defesa – não tem dado o efeito desejado e está desmoralizando o trabalho do Exército, que fica amordaçado sem poder agir com desenvoltura e eficácia sobre a macrodelinquência dos traficantes e congêneres. O que estão esperando para sustar os tiroteios diários e a mortandade de cidadãos inocentes no Rio? Até agora as medidas tomadas não surtiram efeito, pois a escalada da criminalidade imposta pela bandidagem continua a sufocar a paz de seus cidadãos.

Gostaria de ver morando nas favelas e periferias pobres do RJ – Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados e demais pessoas do alto escalão da República – porque, certamente, já se teriam tomado medidas mais contundentes contra as facções criminosas instaladas no Rio.

A partir da redemocratização brasileira, o cidadão perdeu completamente o ambiente de segurança de que desfrutava. E os defensores dos Direitos Humanos têm parcela de culpa nas ocorrências criminais no Rio e no país, pois protegem demais os direitos de bandidos. Quando a polícia age com energia, em defesa da sociedade, logo surge um hipócrita “direitista humano” para censurar a atuação policial. Por outro lado, é inadmissível e causa perplexidade que bandidos, de dentro da prisão, controlem presídios e deem ordens para que sejam perpetradas ações criminosas aqui fora. O Brasil precisa urgentemente de uma nova ordem superior para resgatar a paz e a moralidade do país.

Nós, que pagamos impostos, exigimos segurança pública no país. Associar a escalada da bandidagem à falta de oportunidades de trabalho é uma desculpa que deve ser responsabilizada à classe política e aos governos, que empregam muito mal o dinheiro do contribuinte.

Vejam os gastos astronômicos para manter a ilha da fantasia Brasília, onde o Congresso Nacional, inchado, inoperante e repleto de mordomias, consome rios de dinheiro, que deveriam estar sendo mais bem empregados em educação. Sem esquecer também que muitos políticos se locupletam do dinheiro da nação, como ficou demonstrado na Lava Jato. E a condenação e prisão dos corruptos Lula e Sérgio Cabral é a prova cabal do enriquecimento ilícito de políticos.

*Bacharel em Direito e servidor federal aposentado; Balneário Camboriú-SC

Entre egos e feridos – Tom Zé Albuquerque*

Não raro ouvimos declarações, reportagens, artigos sobre a dissonância social na qual vivemos, sobretudo por problemas mentais que geram uma crise sem tamanho, especialmente no Brasil, um país atrasado em vários aspectos, mormente da ausência de comportamento coletivo.

Este e tantos outros desatinos provêm de uma desorganização que orbita em nosso meio, pondo milhões de pessoas que, geralmente pela necessidade de se projetarem para a sociedade como esta as impõe, acabam agindo no sentido alheio à sua essência. Chega a ser desesperador para muita gente quão imprescindível é acompanhar a moldagem social do jargão “sempre feliz”; e o mais preocupante de tudo isso é que tanto a causa como os reflexos desse tipo de comportamento estão intrinsecamente ligado ao Ego.

Trata-se da parte que todos nós tentamos mostrar aos outros, sob o comando do princípio da realidade percebida por cada um, particularmente, pelas contradições externadas pelo ser humano em sua fala e os correlacionados atos, e, notadamente pela incoerência praticada, geralmente explícita. O Ego alça realidades cotidianas na sociedade gerando passividade das pessoas em relação às regras de comportamento e de cumprimento de “etiquetas”.

O Ego deve sempre ser um aliado no desenvolvimento e convívio humano, por nos oportunizar a definir entre o certo e o errado. Mas, comumente as pessoas de Ego inflado não aceitam aquilo que não lhe convém, gerando desavenças. Algumas características de Egos dilatados são patentes: a inveja; a não aceitação do sucesso do próximo; a conveniência de manipulação; a autoimportância; propagação perene de seus feitos; individualidade; falta de empatia. Porquanto, crê-se que o Ego inchado pavimenta nas pessoas, sem distinção de classe, sexo, cor… ao sofrimento, prioritariamente pelo mascaramento individual.

Para esta situação, o artista e professor jamaicano, Mooji, escancarou (exemplificadamente) essa triste realidade ao afirmar que “Se você acha que é mais “espiritual” não ver televisão porque destrói seu cérebro, tudo bem, mas se julgar aqueles que ainda assistem, então você está preso em uma armadilha do Ego; se você acha que é mais “espiritual” fazer yoga, se tornar vegano, comprar só comidas orgânicas, comprar cristais, praticar reiki, meditar, usar roupas extravagantes, mas julgar qualquer pessoa que não faça isso, então você está preso em uma armadilha do Ego”. Para o Ego obeso não há prazer, sobretudo da não libertação da ansiedade pela mente.

E complementa… “O Ego adora entrar pela porta de trás. Ele vai pegar uma ideia nobre e, então, distorcê-la para servir o seu objetivo ao fazer você se sentir além dos outros”. Arbitramento e condenação, eis intensas ferramentas dos Egos. Como a felicidade é volátil, corre o risco de o mundo verdadeiro se tornar uma fábula.

*Administrador

O maior eclipse lunar do século XXI – Jose Pedro Naisser*

Não como uma coincidência, mas sim pelo Princípio da Sincronicidade, o mundo acompanhou dia 25 de julho as notícias da Sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia, de que depois de 55 milhões de quilômetros sua chegada a Marte detectou água salgada no interior do Planeta Vermelho, porém submersa a uma camada de gelo com 1,5 km de espessura.

Todos vibraram com a notícia, porém o que mais intriga os cientistas, é a busca de água ou vida nos outros Planetas, se não preservamos e não cuidamos do Planeta Terra, o nosso Lar.

Porém para que isso pudesse despertar a consciência do ser humano, dia 27, aconteceu o maior Eclipse Lunar do Século XXI, visto a partir das 17h40, para a alegria de bilhões de pessoas em todo mundo, e quando os estudiosos pediram que fizessem orações em prol do Planeta Terra.

Pode ser um grande aviso do Criador esse Fenômeno, porque somente assim podemos ajudar a regenerar o nosso Planeta Terra, tão degradado e combalido e que nos pede socorro, pode estar nas mentes e corações de todos aqueles que querem um mundo melhor, e que as viagens para o Espaço Sideral possam acontecer, mas sem a ganância de levarem humanos para uma nova civilização em Marte como querem os bilionários Elon Musk e Jeff Bezos, com seus foguetes rumo ao cosmo.

Contrariando a todos os que querem as
viagens para o Espaço Sideral, convoco a todos os 7,5 bilhões que se juntem a nós e façam a viagem mais longa que o ser humano já fez, utilizando a Educação como ferramenta para ajudarmos o Planeta Terra, como pediu o Nobel da Paz e grande estadista Nelson Mandela, porque a natureza nos fornece água, energia, alimentos e conhecimento que mantêm as nossas vidas. É chegado o momento de ajudarmos na grande causa e de juntar-nos à longa viagem, “Para dentro de si mesmo”.

Está aqui o grande desafio no dia em que o Criador nos mostra esse que é o maior eclipse lunar do Século XXI. Está próximo de todos nós, não temos um Plano B para o Planeta Terra, o momento de ajudarmos é agora.

Cosmicamente,

*Ecologista Planetário E-mail: [email protected]

A garota – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, e não de vós. Muito embora vivam convosco, não vos pertencem.” (Gibran Khalil Gibran)

Talvez o maior atraso na evolução da humanidade esteja em não entendermos isso. E os que não entendem bloqueiam a evolução dos portadores da evolução. Prometi que falaria de uma garota que conheci. Ela me alertou para o problema que enfrentamos, há milênios.

Mais ou menos oito horas da manhã. Enquanto a Salete passava por um raio – X, eu a esperava, sentado em um banco. De repente apareceu uma garotinha, não magra, mas esbelta. Quando ela se aproximou de mim, levantou o dedo polegar e falou sorridente:

– Bom dia…

Sorri e respondi. Ela chegou ao banco e fez muito esforço para subir. A mãe dela parou, e como eu, não a ajudou. Ela conseguiu, sentou-se, tocou no banco com a mão e falou para a mãe dela:

– Sente aqui… Vai, senta…

A mãe dela sorriu e falou:

– Não. Nós vamos tomar vacina.

A garota sorriu, esforçou-se para descer e desceu. As duas saíram e a garota caminhava soprando esse som:

– Huumm… Huumm…

Era como se quisesse dizer: hum… Vacina?… Salete chegou e saímos. Já na porta de entrada encontrei-me novamente com a garota e sua mãe. Aí perguntei:

– Qual a idade dela?

Ela mesma levantou a mãozinha com o dedo indicador levantado. E a mãe dela corrigiu:

– Não senhora… São dois aninhos.

Ela sorriu e levantou o dedo médio. Sorrimos e perguntei o nome dela. A senhora me disse o nome da garota, e infelizmente não anotei. E por isso, já não me lembro. Mas nunca me esquecerei daquela garota, e do comportamento de sua mãe. Um comportamento exemplar, para quem está educando os filhos na época em que realmente vivemos. Era uma senhora muito simples, e que me levou de retorno à época em que conheci aquela garota que estudava comigo na Escola de Base, na Base Aérea de Natal; uma garota simples, mas um exemplo de como vivemos nossa época como ela deve ser vivida.

Meu comportamento e o daquela senhora, no momento em que aquela garota tentava subir ao banco, é um exemplo de como devemos agir na educação dos nossos filhos, atualmente. Não os desprezando, mas deixando que eles se desenvolvam dentro da sua evolução racional. Nem sempre estamos nem estivemos preparados para educar nossos filhos de acordo com a evolução racional deles. Já estamos vivendo a vigésima primeira eternidade de nossa chegada a este planeta. E ainda não somos capazes para evoluir dentro das nossas necessidades. Observe seu filho como ele é, e não como você quer que ele seja. Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460