O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu nesta quinta-feira, 23 de maio de 2025, aos 81 anos. A informação foi confirmada por sua família. Reconhecido mundialmente por suas imagens em preto e branco que documentam com profundidade e humanidade temas sociais, migratórios e ambientais, Salgado deixa um legado marcante na história da fotografia.
Nascido em 8 de fevereiro de 1944, em Aimorés, Minas Gerais, Salgado formou-se em economia antes de iniciar sua carreira como fotógrafo nos anos 1970. Trabalhou em agências como Gamma e Magnum Photos, antes de fundar a Amazonas Images, junto com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, curadora de seus trabalhos e parceira em todos os projetos.
Entre suas obras mais influentes estão:
“Trabalhadores” (1993) – um retrato da força e da dignidade do trabalho humano ao redor do mundo;
“Êxodos” (2000) – sobre as grandes migrações forçadas;
“Gênesis” (2013) – um tributo à natureza e aos povos isolados;
“Gold” (2019) – sobre o garimpo da Serra Pelada, no Brasil.
Sebastião Salgado dedicou parte de sua obra à luta dos Yanomami Foto Sebastião Salgado Arquivo
Sal da terra
Além da fotografia, Salgado foi um ativista ambiental incansável. Com Lélia, fundou o Instituto Terra, que já recuperou milhares de hectares de Mata Atlântica no Vale do Rio Doce.
Sua vida e obra foram celebradas no documentário “O Sal da Terra” (2014), dirigido por Wim Wenders e por seu filho Juliano Ribeiro Salgado, indicado ao Oscar de Melhor Documentário.
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