Presente no dia a dia de milhões de pessoas, o refrigerante é uma das bebidas mais populares do mundo — e também uma das mais controversas quando o assunto é saúde. Afinal, ele faz mesmo mal ou é só uma questão de moderação? A resposta envolve mitos, verdades e muitos detalhes que merecem atenção.
Açúcar em excesso: um problema real
Uma das principais preocupações com o refrigerante está no alto teor de açúcar. Uma lata (350 ml) de refrigerante comum pode conter até 10 colheres de chá de açúcar, quantidade que ultrapassa a recomendação diária da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere no máximo 6 colheres para um adulto saudável.
Com o consumo frequente e prolongado, o excesso de açúcar pode levar a problemas como obesidade, diabetes tipo 2, cáries e aumento do risco cardiovascular. Mesmo os refrigerantes diet ou zero, embora sem açúcar, não estão totalmente livres de riscos.
E os refrigerantes “zero” ou “light”?
Apesar de conterem adoçantes artificiais no lugar do açúcar, essas versões ainda dividem opiniões. Alguns estudos indicam que os adoçantes podem afetar a sensação de saciedade e até interferir na microbiota intestinal. Além disso, o consumo constante pode reforçar o hábito pelo sabor extremamente doce, dificultando uma alimentação mais equilibrada.
O efeito do ácido fosfórico
Outro componente comum nos refrigerantes, especialmente os à base de cola, é o ácido fosfórico. Essa substância está associada à redução da absorção de cálcio, o que, a longo prazo, pode comprometer a saúde óssea, principalmente em pessoas com baixa ingestão de cálcio na dieta.
Curiosidades sobre o refrigerante
Limpa metais: o poder corrosivo do refrigerante cola é tão forte que pode remover ferrugem e limpar moedas antigas.
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Não mata a sede: por ser altamente açucarado e conter cafeína (em alguns casos), o refrigerante pode até contribuir para a desidratação.
Vício disfarçado: o açúcar e a cafeína presentes em muitas versões têm potencial viciante, criando uma sensação de recompensa no cérebro.
Gás e estufamento: o dióxido de carbono presente na bebida (o gás) pode causar sensação de inchaço, arrotos e desconforto abdominal.
Faz mal ou não?
O refrigerante não é um veneno, mas está longe de ser inofensivo. O problema está na frequência e na quantidade. Consumido esporadicamente e com moderação, ele não causa grandes prejuízos. O perigo está no consumo diário, especialmente quando substitui a água ou sucos naturais.
Especialistas recomendam que o refrigerante seja tratado como um item ocasional, e não uma bebida de consumo regular. “O corpo até aguenta um copo de refrigerante de vez em quando, mas quando isso vira hábito, os riscos se acumulam silenciosamente ao longo dos anos”, alerta a nutricionista Renata Silva.