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De Boa Vista a São Paulo: Casal prova que a distância não impede o amor

Marlon Bianco se apaixonou a primeira vista por Deysdre Franco em um dos cinemas mais antigos de São Paulo

As histórias de amor estão longe de acabar e, assim como nos filmes, saber desses romances dão mais leveza à realidade. Por isso a FolhaBV decidiu contar como alguns desses romances nasceram.

A fisioterapeuta Deysdre Franco, de 36 anos, e o gerente de produção, Marlon Bianco, 38, tem uma história de amor que venceu a distância.

Deysdre é natural de Boa Vista e viajou para Belo Horizonte, no estado das Minas Gerais, em novembro de 2018. Como tinha uma semana livre, decidiu conhecer São Paulo, em uma viagem sem qualquer planejamento.

“Resolvi passar alguns dias em São Paulo a passeio, e meio que decidi em cima da hora. Como os hotéis estavam todos com valores altos, busquei hospedagem por aplicativo e peguei um quarto no apartamento de uma senhora de 72 anos”, contou a fisioterapeuta.

No segundo dia hospedada, a senhora convidou Deysdre para ir ao cinema Belas Artes, um dos mais antigos de São Paulo. No dia seguinte, foram ao local e enquanto aguardavam na fila para comprar o ingresso, Marlon viu Deysdre e se encantou pela roraimense.

Marlon, sem saber, tinha comprado ingresso para o mesmo filme que elas iriam assistir e ficou admirando Deysdre na sala do cinema. 

“Logo ao chegar, ele me viu e disse que já chamei sua atenção. Por coincidência, sentei na poltrona atrás da dele e ele ficou me olhando. Eu pensando que tinha algo de errado comigo, mas, na verdade, ele estava era me paquerando”, afirmou Deysdre.

Ao saírem do cinema, Marlon pediu o número de telefone da fisioterapeuta e passaram a conversar por mensagens. “Eu dei meu número, mas achei muito estranho. Ficava me perguntando ‘porque esse cara está falando comigo? Será que é um olheiro de reality?’ Eu nem estava dando muita bola, mas fui conversando”, relatou a mulher.

A semana foi passando, combinaram de se encontrar no Shopping Pátio Paulista, que também era aonde Marlon trabalhava. No último dia da viagem, ela chamou o gerente de produção para tomar um sorvete.

“Fomos tomar o sorvete, caminhando pela avenida Paulista, conhecendo o lugar e conversando. Conversamos até às 17h, e o meu voo era às 20h, quando ele disse que me levaria para o aeroporto. Achei maluco, mas aceitei. No caminho, ele foi me convencendo a ficar mais uns dias, que pagaria a diferença. Até tentei, mas era muito caro. Aí fui embora para Boa Vista”, contou Deysdre.


O casal retornou ao cinema em que se conheceram depois que já estavam namorando. (Foto: Arquivo Pessoal)

PONTE ÁEREA

Depois disso, o casal foi mantendo contato por mensagens, o que não foi um problema. Em janeiro de 2019, Marlon passou três dias na capital boavistense. Depois, em março, a roraimense foi para o estado paulistano onde foi pedida em namoro. 

De Boa Vista para São Paulo, e vice-versa, foram até julho do mesmo ano, quando ele veio de novo para o estado. Mas dessa vez se casaram, em uma cerimônia religiosa em uma churrascaria com a presença de familiares e amigos.

“Ele diz que eu o obriguei a casar, mas se fosse só um noivado não saberia quando poderia realizar o casamento com os meus familiares presentes. E também, por tudo o que eu já tinha passado em outros relacionamentos e ele por já ter casado uma vez, não sabia como seria. Foi uma questão de coragem mesmo”, disse.

Afinidade – Deysdre conta que a relação sempre teve muita conversa e que isso ajudou na afinidade do casal. Hoje ela entende que Marlon era o amor da vida dela.

“Quando eu me mudei para São Paulo, ele me entregou a chave da casa dele. Eu pedi a Deus que, se ele fosse o cara certo, me desse uma flor e mentalizei uma rosa. Quando entrei na casa tinha um buquê de rosas colombianas vermelhas, um cartão e a frase ‘seja bem-vinda ao nosso lar’ escrito em uma lousa na parede. Tive certeza de que era a minha resposta”, afirmou a fisioterapeuta.

Segundo Deysdre, o amor é construção, respeito e responsabilidade, além de afinidade. O casal completa dois anos de casado em julho deste ano de 2021, e sabem que existem os momentos difíceis, mas continuam caminhando felizes e firmes.


Deysdre e Marlon ficaram viajando de Boa Vista para São Paulo durante seis meses. (Foto: Arquivo Pessoal)