Cultura

Publicações sobre patrimônio cultural em Roraima trazem tradução em línguas indígenas

Materiais visam facilitar o acesso à informação sobre o patrimônio cultural do Estado, tornando o tema mais acessível ao público geral, escolas e universidades

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Pedra Pintada, um dos sítios arqueológicos de Roraima apresentados nas publicações. (Foto: Acervo Iphan)
Pedra Pintada, um dos sítios arqueológicos de Roraima apresentados nas publicações. (Foto: Acervo Iphan)

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou, nessa terça-feira (4), três publicações digitais inéditas que abordam o Patrimônio Cultural de Roraima. Disponíveis para download gratuito no portal do Iphan, as publicações têm como objetivo promover o conhecimento sobre a história, a memória e a identidade cultural do estado, com o diferencial de incluir traduções em línguas indígenas e jogos interativos, voltados especialmente para o público jovem.

A primeira publicação, “Patrimônio Cultural Acautelado: Roraima em Foco”, explora os patrimônios imateriais e materiais do Estado, como formas de expressão e edificações históricas. O material também esclarece questões frequentes sobre o acautelamento e as legislações pertinentes. Está disponível em português e nas línguas indígenas Macuxi, Wapichana e Yanomami.

A segunda publicação, o folder “Patrimônio Cultural de Roraima”, detalha os diferentes tipos de patrimônio, como o arqueológico, material e imaterial, oferecendo exemplos e orientações para a preservação desses bens. Também traduzido para as línguas indígenas locais, o material busca sensibilizar as comunidades sobre a importância da proteção do patrimônio cultural.

A arqueóloga do Iphan, Rafaela Leal, ressaltou a complexidade do processo de tradução para as línguas indígenas, destacando as barreiras culturais e linguísticas: “A tradução do português para as línguas indígenas não é uma tarefa simples, pois envolve nuances culturais e formas de pensamento distintas. Acreditamos que o futuro do trabalho com esses povos deveria envolver materiais específicos, em vez de simples traduções, o que nos ajudaria a atender melhor as diversas comunidades.”

O terceiro material, a “Coleção Educativa Roraima em Foco”, é uma versão ilustrada da publicação anterior e inclui jogos interativos ao final de cada folder. Com a intenção de engajar ainda mais os leitores, essa coleção foi elaborada pela arqueóloga Rafaela Leal e ilustrada por Letícia Guerra, aluna do Mestrado Profissional do Iphan.

Acesso à informação

Esses materiais têm como objetivo facilitar o acesso à informação sobre o patrimônio cultural de Roraima, tornando o tema mais acessível ao público geral, escolas e universidades. No futuro, conforme o Iphan ,planeja-se imprimir e distribuir versões físicas dessas publicações em instituições de ensino e organizações públicas, além de expandir as versões acessíveis, como audiolivros e traduções para outros idiomas indígenas e braile.

Essa iniciativa integra a estratégia do Iphan de ampliar o acesso à Educação Patrimonial, criando páginas específicas para cada unidade do Instituto, o que foi possibilitado pelos encontros realizados em 2024 com representantes de unidades do Iphan de todo o país. De acordo com Márcia Cristina Almeida, coordenadora de Educação Patrimonial do Iphan, essa ação está alinhada com os princípios e diretrizes da “Carta do Beijódromo” de 2024, que reforça a importância de novas linguagens e recursos para tratar da diversidade dos grupos sociais e culturais do Brasil.

“Ações como essas evidenciam as potencialidades das ferramentas de Educação Patrimonial como instrumentos plurais e multifacetados, que possibilitam incorporar nova s linguagens e recursos voltados para abordar a diversidade dos grupos sociais e culturais que compõem o nosso país ” , ressaltou Márcia.

*Com informações do Iphan

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