A TV Assembleia, canal 57.3, do Poder Legislativo roraimense, estreou o mais novo documentário na grade da programação. Intitulado “Navio-Patrulha Fluvial Roraima: 50 anos”, o produto tem mais de uma hora de duração e faz um resgate histórico da embarcação da Marinha – chamada de NPaFlu Roraima – e a importância dela para a proteção dos rios da região amazônica. O documentário está disponível no canal da Casa no YouTube.
Assista ao documentário
O documentário mostra a celebração das cinco décadas de trabalho do navio, conhecido como Águia do Amazonas, que foi homenageado em sessão especial na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) após requerimento aprovado pelo presidente Soldado Sampaio (Republicanos). Para ele, a embarcação faz parte da história da Amazônia e tem ligação direta com o estado. O parlamentar reforçou que o trabalho da Marinha do Brasil merece reconhecimento e respeito do povo roraimense.
“Esta é uma homenagem justa e necessária. O Navio-Patrulha Roraima tem uma ligação direta com nosso estado, não apenas pelo nome, mas pela missão que cumpre há cinco décadas na proteção dos nossos rios, na defesa da soberania nacional e no apoio às comunidades ribeirinhas. Tudo isso retratado no documentário da TV Assembleia, feito com muita dedicação pela nossa equipe”, destacou Sampaio.
Produção de semanas
A discussão para produzir o documentário começou em fevereiro, quando o navio completou 50 anos de existência e servidores da Marinha fizeram contato com a presidência da Casa Legislativa para debater a possibilidade de uma cerimônia. A partir daí, a diretora de Rádio e TV da Assembleia, Camila Dall’Agnol, buscou contato com os responsáveis pela excursão para alinhar a ida da equipe de comunicação até Manaus e, de lá, acompanhar o navio até Caracaraí, onde ficou atracado.
“Fomos alinhando, entramos em contato, via assessoria da Marinha em Manaus, com o arquivo da instituição no Rio de Janeiro, que nos cederam muita coisa. Então faltando 15 dias para a viagem, conseguimos autorização para que nossa equipe de quatro pessoas pudesse acompanhar esse trajeto. O documentário vale muito a pena assistir, porque mostra essa rotina da Marinha pelos rios da Amazônia, o trabalho de patrulha e segurança dos rios. São imagens belíssimas captadas em cinco dias de viagem”, enfatizou Camila.
O jornalista Johann Barbosa, o fotógrafo Jader Souza e os cinegrafistas Claudinei Sampaio e Leonardo Magalhães foram os responsáveis por documentar o trajeto. A produção levou mais de um mês para ficar pronta, pois exigiu contato prévio para levantar informações sobre o navio, imagens antigas e uma entrevista exclusiva com o Contra-Almirante João Batista, que havia conduzido a embarcação até Boa Vista em 2010. Hoje, ele reside nos Estados Unidos.
“Toda a viagem durou cerca de dez dias, porque fomos para Manaus antes da saída do navio para fazer entrevistas. Foi um privilégio muito grande, enquanto profissional da imprensa cobrir esse tipo de viagem, porque conhecemos de perto o trabalho da Marinha que, para Boa Vista, não é algo tão presente. Não vemos a Marinha como vemos os militares do Exército, por exemplo. No Amazonas não. Lá, existe uma presença mais marcante, até pelas condições de navegação”, lembrou Johann Barbosa.
Foto 04 /Legenda: Equipe acompanhou o trajeto da embarcação do Amazonas a Roraima – Foto: Alfredo Maia
A produção revela o treinamento dos militares, caso precisem atuar em situações de emergência, como a embarcação funciona, a rotina na cozinha e até uma solenidade de entrega de honraria aos militares. Tudo isso acompanhado de imagens belíssimas da Amazônia Brasileira.
Rotina e dedicação
Johann afirmou que toda a rotina vivenciada na embarcação fica registrada no Diário do Comandante. “Então, efetivamente, estamos na história do navio”, declarou, ao acrescentar que o navio é preparado para guerra, cheio de armamento, “ e pode patrulhar como se fosse um navio construído recentemente”.
As imagens captadas durante a viagem, inclusive as aéreas, revelam a rotina e a dedicação dos militares na proteção e defesa dos rios da Amazônia, o que, para o jornalista, é importante chegar ao conhecimento público. Para ele, voltar à região, encontrar as diferentes paisagens e conhecer a fundo os detalhes do patrulhamento do Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre (estados brasileiros sob o Comando Naval em Manaus), é um privilégio enquanto cidadão e profissional da imprensa.
“O que achei interessante é que o navio é um quartel navegando. Se formos a um quartel na cidade, que tem cozinha, administrativo, setor de transporte… O navio é literalmente isso: um quartel que navega e toda a tripulação está envolvida para fazer com que isso funcione. E,
claro, uma situação bem mais delicada, porque estão navegando e não em terra firme. E você percebe que eles estão preparados, empenhados e são parceiros. Do marinheiro ao comandante. Há um zelo por tudo o que fazem, o que me chamou a atenção. Mesmo já conhecendo esse trabalho, não deixei de me surpreender”, reforçou o jornalista.
O NPaFlu foi construído pelo estaleiro Mac Laren, em Niterói (RJ), e incorporado à Força Armada em 21 de fevereiro de 1975. Ele é o primeiro navio da Marinha a ostentar o nome do Estado, em homenagem ao então território federal e, atualmente, é subordinado ao 9º Distrito Naval, sendo comandado pelo Capitão de Corveta Antônio Carrijo. A embarcação tem a missão de fazer patrulha e inspeção navais, controle do tráfego aquaviário, operações ribeirinhas e ações de presença, com atuação destacada também na Bacia do rio Branco.
“Foi algo inédito e um sentimento de nostalgia, porque eu tive tios que serviram a Marinha Brasileira e, de certa forma, me trouxe lembranças deles. Além disso, tem todo o contexto histórico do navio, o trajeto feito por ele, uma embarcação de 50 anos que é confiável, estável para navegar. A sensação é de segurança. A rotina é interessante, como a parte de suplementos, por exemplo, sempre com a logística abastecida. Foi um aprendizado”, avaliou o fotógrafo Jader Souza.
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