Cultura

Festival homenageia artistas de Roraima que morreram na pandemia  

Serão oito categorias prestigiando as personalidades. Evento será realizado entre os dias 1º e 4 de setembro

Para homenagear artistas de Roraima que partiram durante a pandemia da Covid-19, será realizado o 1º Festival de Artes da Toca entre os dias 1º e 4 de setembro. No total, serão oito categorias prestigiando os artistas escolhidos, sendo duas dessas homenagens para a fotógrafa France Telles e o poeta Devair Fioreti, que embora tenham morrido antes da pandemia, se notabilizaram com trajetórias profissionais de grande relevância para sociedade boa-vistense.

Entre as categorias homenageadas, estão as artes plásticas, a poesia, a dança, músico interprete, rock e fotografia. Dessas, serão premiados simbolicamente os artistas escolhidos:
 
Cardoso (Homenagem Artista Plástico)

Artista plástico roraimense que deixou um legado de força, amor e paixão pelo Regionalismo combinado com o Surrealismo. Com mais de 100 obras, muitas delas foram premiadas e outras estão expostas em países como Japão, França, Canadá, Áustria e até na cidade do Vaticano.

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Devair Fioretti (Homenagem Poeta)
 
O grande coração do professor Devair Fioretti batia forte pela poesia. Lançou quatro livros de poesia, em sua maioria, exaltando a cultura roraimense. Devair se envolveu em vários projetos voltados aos povos indígenas. Para ele, a vida poderia ser melhor para todos, e ele lutava por isso.

France Teles (Homenagem Fotógrafa)

O sonho dela sempre foi fotografar. France Telles dominou um território até então imperado por homens na fotografia profissional em Roraima. Em apenas dez anos, France fez seu nome e seus olhos de lince buscavam momentos efêmeros para torná-los eternos.

Marzinho Carvalho (Músico Intérprete)

Homem sonhador, polêmico e não gostava de injustiça. Marzinho Carvalho amava viver, amava MPB e rock. Sua banda favorita eram Os Beatles. E do Lulu Santos, uma música especial era “Certas coisas”.

Marzinho a cantar em 1990, quando chegou em Boa Vista. Começou a carreira com Geraldo Sena e França Amorim e também com Silvero. É lembrado pela família e amigos como uma pessoa alegre que amava cantar e fazer as pessoas felizes.

Sonia Reis (Mãe do dançarino Santiago)

Essa é a homenagem Sônia Reis, que deu à luz ao bailarino roraimense Santiago, conhecido e aclamado em todo Brasil. Sônia sempre foi a maior incentivadora da carreira do filho, que hoje é referência em dança moderna. Mãe amorosa, ela é homenageada pelo sucesso do filho e por sua sensibilidade artística.

Noronha (Prêmio de Banda Revelação)

“Eu sou professor”, era isso que o músico autodidata e multi-instrumentistas dizia sempre aos amigos. Ser cadeirante nunca o impediu de fazer o que gostava: música.

Noronha começou a se envolver no universo musical ainda criança. Em Boa Vista, fez sucesso com a banda Nós à Deriva. A veia que tinha para ensinar e conquistar os alunos ele também deixou como legado aos filhos.

Limbert (Prêmio de performance de banda de rock)

Carismático, longe do estereótipo do metaleiro malvado, o músico Limbert Dourado começou a tocar por volta dos 13 anos. Por toda sua vida esteve envolvido em projetos musicais atuando em bandas covers de rock. Sua música favorita era Eagle fly free, da famosa banda Helloween. Agora, no céu, ele é uma águia poderosa.
 
Mirian Blos (Hors Concours)

A inesquecível maestrina do coral Canarinhos da Amazônia, Mirian Bloss, é homenageada por encantar Roraima com as vozes mais belas e repletas de talento do estado. Mirian atuava na música há mais de 20 anos e foi também responsável por incluir crianças venezuelanas no projeto de um coral na fronteira, além da ajuda humanitária

Serviço

Festival de Artes da Toca

Data: 1 e 4 de setembro